26 agosto 2007

Homenagem

De longe, no dia em que desce à terra, o meu pesar pelo desaparecimento de Eduardo Prado Coelho. Personalidade incontornável na cultura portuguesa e ponto de referência e influência para mim, enquanto homem de esquerda, que previligiava a polémica e a ironia. Desde sempre o acompanhava no "O Fio do Horizonte", coluna diária no seu e no meu Público. A sua morte, sem ser uma surpresa, deixará concerta uma lacuna dificil de colmatar.

20 agosto 2007

Agosto, mês dos portugueses todos

Convidado para um baptizado de uma pequena prima, emigrante em Paris, sou "coagido" a estar presente, o que faço sem grande vontade, mas minimamente incomodado. Continuo a não aceitar esta imposição da igreja, e depois reforçada pela pressão social e do grupo/família, para com os indefesos e inocentes recém-nascidos... Mas isso será outro assunto, que poderemos, sempre que assim o entenderem, trazer à discussão.

Sentado numa cadeira de escola, em Vila Flor, enquanto os demais comensais devoram as recorrentes mesas de aperitivos, numa tentativa de observação distanciada, reparo nos comportamentos e apetites vorazes que, de uma só acentada, devoram tudo e mais.

Depois, mal o anfitrião convida para o almoço, lá vai o rebanho todo, ao primeiro toque, todos respondem... Entretanto, e porque era preciso dar tempo para que as iguarias ficassem prontas, o mesmo anfitrião, também músico, resolveu dar alguma música ao "pessoal".

E isso sim, foi o momento. A razão destas palavras, pois que não restem dúvidas de que o português está aqui. Isto é Portugal, e nós os de cá gostamos é disto, alegria, bem dançada e, se possível, bem bebida.

Tudo está ainda bem, neste momento em que acabo estas palavras... Talvez mais logo outra música se sinta.

07 agosto 2007

Les Veilles des Vacances

Quand je me dispose à laisser à l'environnement des jours toute les année, parmi le mouvement des preparativeses et de la méfiance pour oublier quelque chose de indispensable, j'organise les jours de summering mentalement. Puisque la famille n'a pas choisi la destination avant, nous irons passer aux jours un le Bragança et Vila Boa et plus tard, en principe, nous voyagerons jusqu'aux Crêtes de L'Europe, c'est-à-dire, du nord de l'Espagne (Astúrias célèbre). Cependant, je vais choisir les lectures pour de nos jours… rien dans spécial, mais très en béton, donc la bibliographie à lire pour le prochain travail est substantielle.
Par rapport aux moments dans Trás-os-Montes deux ou trois de certains choses: beaucoup de repos, beaucoup de visites aux archives de zone - placer par excellence pour lire et étudier, et quelques après-midis et nuits en Vila Boa, centre de mon monde et où pour ces tailles, cycliquement d'année pendant l'année, je vais en trouver de cela que je sais depuis toujours, mais des forces plus grandes et des circonstances de la vie, suis obligé de vivre bien loin. Le village rétablit… est asse'à marcher un minute pour ses rues, pour percevoir que c'est mois d'août… cependant, et année après année, je démontre cela chaque fois que je suis ignorant de plus de personnes, principalement nouveau.
Il est temps de trouver vieux connu, des parents et des enfants, des familles, voisin et des amis. Celui est la période de sa réintégration dans le groupe qui, obstinément et l'eternum d'annonce, veut appartenir. Moi aussi et sans doutes… bien qu'à plus apprécier le calme et la tranquilité que le village me fournit en mois restants de l'année.
Pour savoir et percevoir la motivation et la volonté de ces autres, au Portugal, connu pour des avecs, que nous elles sommes égaux, bien que les différences relatives, elles je consacrent ces mots, ainsi écrit dans le Français.
Jusqu'à déjà et toujours.

06 agosto 2007

Um dia heróis, depois e agora, hediondos assassinos

"Neste reino ou numa província da Nova Espanha, indo certo espanhol com seus cães à caça de veados ou de coelhos, um dia, não achando caça, pareceu-lhe terem fome os cães, e tomando um rapazinho a sua mãe com um punhal lhe corta aos bocados braços e pernas, dando a cada cão sua parte, e depois de comidos aqueles bocados da criança, a todos eles atira o corpito para o chão." (pág. 97)

Reza a história dos manuais escolares acerca das epopeias dos descobrimentos, assim como cantamos, todos nós, aos heróis do mar e ao nobre povo, que por marcos assinaláveis perpétuaram o nome de Portugal.
O problema é que essa nossa verdade esconde uma outra, horrenda verdade, que é história dos povos achados (sim, porque agora designa-se "achamento"). Assim como quem espreita para o ouro lado da medalha para realmente a conhecer, nós também deveríamos conhecer a história confrontando as diferentes perspectivas e versões de uma mesma história que é comum a tantos e tantos povos. A isto dá-se o nome de relativismo.
Embuído deste espírito (missionário), leio a Brevíssima Relação da Destruição das Índias, de Bartolomé de Las Casas, dada a conhecer em Sevilha no ano de 1552 e editada pela primeira em Portugal em 1990 (!?). Este texto foi durante séculos um livro maldito. O autor descreve o inferno e a infâmia criados na América pelos tão celebrados descobridores quinhentistas. Relata de uma forma, por vezes, escabrosa e snuff, a conquista militar dos povos indigenas, levada a cabo a sangue e fogo e que veio a representar um dos maiores etnocícios da História, cujas repercussões ainda não puderam ser varridas da vida real.
Continuamos a enganar as nossas criancinhas e eu não sei porquê!?....

03 agosto 2007

Canhoto e esquizofrénico

Finalmente uma resposta científica para uma das minhas questões existênciais. Mas porque raio eu, ao contrário de 90% do resto da humanidade, sou canhoto!?... a resposta, encontrei-a no Jornal Público de ontém, dia 2 de Agosto, num artigo que afirma que foi descoberto o gene associado à habilidade na mão esquerda e que tem por nome LRRTM1. Segundo o coordenador da equipa de investigadores, Clyde Francks, este gene é comum a toda a humanidade, mas apresenta-se em diferentes formas: quando uma das versões deste gene é herdada do lado paterno aumenta a probabilidade de nascer canhoto.
Mas como não há bela sem o senão... ficamos também a saber que esse mesmo estudo indica a probabilidade de haver uma relação entre esta assimetria cerebral e algumas doenças mentais - a esquizofrenia, por exemplo. Enfim, sendo o LRRTM1 responsável também pelas funções da fala e a emoção, emocionalmente digo que espero que estes meus genes não se cansem e entrem em ruptura...