30 novembro 2021

esquecer

Sou adepto de um Museu da Escravatura, e fazê-lo em Portugal seria uma boa opção. Podia ser feito em conjunto com os países do mundo lusófono e com o olhar de cada um. Seria uma boa forma de superar o passado pela positiva. E muito mais produtivo do que conferências sobre a própria língua e a lusofonia. Mas quando falo disto em Portugal há sempre o receio de trazer à tona o passado, como se fosse melhor esquecer. Mas esquecer nunca resolve.
(Mia Couto, in jornal de Letras nº 1334, Novembro 2021)

27 novembro 2021

nostalgias

A tecnologia matou a caligrafia. Os nossos textos são emendados até à exaustão e perdem a espontaneidade. Já ninguém escreve com letra bonita; perdemos a mão; a literatura é cada vez mais fragmentária e, com tantas alterações que se fazem, muitas vezes torna-se confusa. (...) As prosas eram escritas à mão, um saber que se vai perdendo. Escrevemos em teclados cada vez mais pequenos e a modernidade vai engolindo devagar aquela antiga sabedoria que os professores "de primeiras letras" nos transmitiam, com letras muito direitinhas e bonitas, redondinhas e ligadas, que de forma mágica o giz ia escrevendo no quadro negro.
(Luís Naves, in revista LER nº 160, pág. 37)

16 novembro 2021

ao espelho

Fui encontrar esta fotografia no fundo do baú do sitio online da Traga Mundos, livraria em Vila Real do amigo António. Este momento é da feira do livro do Porto, em Setembro de 2018 e, aqui, estou acompanhado pelo Artur Cristovão, professor catedrático da UTAD. Lembro-me deste momento em que o António nos pediu para tirar a fotografia junto da sua banca, mas nunca mais me lembrei disso. Para memória futura.

banha da cobra

Eu nem sou muito dado a olhar com atenção para publicidades, campanhas de marketing ou outras promoções que nos invadem os sentidos a toda a hora e em todo o lugar. Por exemplo, frequentador regular que sou do YouTube, posso dizer que não registo qualquer uma das inúmeras publicidades que se intrometem entre visualizações. Nem uma fica para mais tarde recordar... o mesmo acontece na televisão, na rádio, nas ruas, na caixa do correio, nos emails, na internet, etc. É todo um universo que me passa completamente ao lado. Aconteceu hoje, ao visitar um sítio de informação regional online, encontrar esta imagem publicitária e reparar nela.


Reparem bem no jovem: acham que é a mesma pessoa? os olhos, o formato da cabeça, o sorriso, tudo é diferente entre as duas fotografias... depois, mesmo a vender banha da cobra querem ser credíveis. Grande tanga. Eu, por enquanto, tenho muito cabelo e mesmo que não o tivesse, desconfio que nunca iria querer ter, mas ainda que assim fosse, jamais faria como o "Tiago" e simularia sequer o preço nesta empresa. Enfim.

08 novembro 2021

hoje, via CTT

06 novembro 2021

vamos LER

01 novembro 2021

leitura das últimas horas


Aproveitando as horas soalheiras que pude usufruir em Bragança, ainda mesmo antes de regressar à Invicta, li este pequeno livro de Houellebecq. Gosto da escrita deste Senhor e, também por isso, outros livros dele estão à espera para serem lidos. Hei-de lhes chegar.