A tecnologia matou a caligrafia. Os nossos textos são emendados até à exaustão e perdem a espontaneidade. Já ninguém escreve com letra bonita; perdemos a mão; a literatura é cada vez mais fragmentária e, com tantas alterações que se fazem, muitas vezes torna-se confusa. (...) As prosas eram escritas à mão, um saber que se vai perdendo. Escrevemos em teclados cada vez mais pequenos e a modernidade vai engolindo devagar aquela antiga sabedoria que os professores "de primeiras letras" nos transmitiam, com letras muito direitinhas e bonitas, redondinhas e ligadas, que de forma mágica o giz ia escrevendo no quadro negro.
(Luís Naves, in revista LER nº 160, pág. 37)
Sem comentários:
Enviar um comentário