30 novembro 2021

esquecer

Sou adepto de um Museu da Escravatura, e fazê-lo em Portugal seria uma boa opção. Podia ser feito em conjunto com os países do mundo lusófono e com o olhar de cada um. Seria uma boa forma de superar o passado pela positiva. E muito mais produtivo do que conferências sobre a própria língua e a lusofonia. Mas quando falo disto em Portugal há sempre o receio de trazer à tona o passado, como se fosse melhor esquecer. Mas esquecer nunca resolve.
(Mia Couto, in jornal de Letras nº 1334, Novembro 2021)

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