Pois é. Triste dia este. Mais um grave acidente na linha do Tua e, principalmente, mais uma machadada (esta, talvez a final) para a manutenção da mesma, enquanto via de comunicação.
Em mais de 100 anos de existência desta linha, em tempos importante ligação para o "mundo", nunca houve qualquer acidente grave, agora no último ano e meio já existiram quatro, dois dos quais com gravidade.
Estranho!?... talvez não! Coincidência!?... talvez sim!
É que os acidentes só ocorreram depois de se ouvir falar na construção da Barragem Foz–Tua que, a ser construída e segundo o projecto, inviabilizará grande parte do actual traçado, de grande valor patrimonial.
Esta situação de grande instabilidade quanto à segurança desta linha será razão e motivo mais do que suficientes para que outros interesses, os do ferro e do betão, se imponham definitivamente (ainda aqui há dias foi notícia o facto da empresa responsável pelo projecto da barragem ter adiado os estudos arqueológicos para que estes não adiem o inicio das obras).
Às tantas, e uma vez mais, as responsabilidades serão de uma qualquer falha mecânica, humana ou granítica, mas no meu entendimento, por respeito pelas vítimas e, depois, pela importância histórica, actual e de futuro para a região transmontana, exige-se que a verdade seja conhecida. De preferência sem descarrilamentos mentais e sem insultos à inteligência das pessoas. Aqueles que hoje festejam e dão pulos de contentamento, têm nome e são muito fortes, por isso, temo que hoje, ao colocarem mais um calhão na linha a tenham tirado do seu caminho e assim tenham conseguido atingir os seus objectivos.
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