Num resto de parede branca, ou quase, junto a uma esquina e perto de uma janela, uma pequena aguarela, devidamente limitada por pobre moldura castanha. Oferta de um dia normal, nunca terá sido protagonista maior. Muitas vezes dou comigo, tal como agora, quedo a olhá-la: a imensidade dessa paisagem, as rugas de seu relevo e a insistência de suas cores dispõem-me à mais abstracta contemplação (o tempo que já terá sido consumido enquanto eu aqui estou, assim...). Que lugar bonito este. Eu reconheço o lugar. Muitas vezes por lá passei e tantas quero ainda passar. É precisamente nesta altura do ano que ele assim se apresenta, com a força e a ternura das cores outonais. Tenho que lá regressar.
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