A banalização do mal é a ideia central do pensamento de Hannah Arendt, filósofa alemã e judia que, fugindo do nazismo, se radicou nos EUA. Proeminente pensadora do século XX, discípula de Martin Heidegger, foi enviada pelo The New Yorker a Israel para cobrir o julgamento de Adolf Eichmann, dirigente nazi que fugira para a Argentina e que os serviços secretos de Israel encontraram. Durante esse julgamento Hannah Arendt percebe como esse destacado membro do aparelho nazi não passava de um "ignorante" que não fazia mais do que obedecer a ordens e a leís. É partir desse momento que ela desenvolve o conceito da banalização do mal e o apresenta nos cinco artigos que escreve no jornal. Com isso e com a denuncia de que alguns membros das comunidades judaicas teriam sido coniventes com os nazis, a filósofa consegue provocar uma tempestade à sua volta e a indignação dos judeus. É esse período histórico e esse episódio em particular que podemos ver retratados no filme agora em cartaz. Muito interessante. Um filme que aconselho, numa sala vazia perto de si...
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