Últimos dias de Janeiro passados em Bragança. A casa confortável e tranquila, deixava sentir o frio imenso que fazia na rua. A dor permanente nos ossos e a sensação de pés molhados eram outros sintomas desse frio. De dia e de noite as ruas vazias, apenas ocupadas por aqueles que, nesse instante, não conseguiam escapar-lhe e abrigar-se. Sentado e em frente ao computador mal dei pela passagem das horas, dos dias e das noites. De vez em quando, afastando a vista do ecrã, espreitava pela vidraça e surpreendia-me por ver pequenos e leves flocos de neve que caíam lentamente sobre a cidade. Fabulosa imagem. Preso à escrita, não pude verificar se as serranias circundantes estavam cobertas de branco, mas nesses instantes mágicos, imaginei que sim e que eu poderia viver num sítio assim.
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