26 abril 2022

sabores até ao impossível

Desafiado pelos alunos que, numa conversa recente sobre a crescente hegemonia do consumismo no mundo das nossas sociedades, grandemente motivado pelo capitalismo e seu liberalismo e, acima de tudo, sua globalização, resistiram à percepção do exemplo que dei: a panóplia de sabores dos iogurtes que podemos encontrar nas grandes superfícies será paradigmática destas lógicas ad nauseam e exponencial até ao impossível, eu diria, até ao ridículo. Por degenerescência das minhas faculdades mnemónicas, não consegui então apresentar exemplos, mas hoje bem cedo, porque voltaria a estar com eles em aula, fui fazer trabalho de campo em três diferentes hipermercados. O resultado que levei para a sala de aulas:





(entretanto, e tal como partilhei com os alunos, fiquei com a sensação de que há algum tempo, talvez cerca de uma década, a oferta era ainda mais excêntrica...)

22 abril 2022

"seguro morreu de velho"

Hoje foi o dia da libertação! Deixa de ser obrigatório o uso de máscaras em espaços fechados, com a excepção de farmácias, transportes públicos, lares de idosos, hospitais e centros de saúde (?). Fico satisfeito com este facto, pois ele significa que os indicadores da pandemia são favoráveis e tendem a decrescer. Esta decisão é particularmente importante para as comunidades escolares e, em especial, para os alunos que têm vivido amordaçados e limitados no seu espaço de liberdade que é a Escola. Ainda assim, não sou um entusiasta e estou receoso deste momento de libertação, pois tal como em tantas outras situações, a adesão irreflectida e o entusiasmo generalizado poderão trazer dissabores e efeitos preversos, se não no imediato porque caminhamos para o Verão e bom tempo, mas quando o frio e a humidade regressarem no Outono.
Eu hoje saí à rua logo de manhã. Entrei em cafés e permaneci de máscara na cara. Depois, de tarde, fui para a Universidade e dei aulas de máscara na cara, apesar de ter recebido prévia indicação da Direcção da Escola da não obrigatoriedade do seu uso a partir de hoje. Entre os alunos, já informados e conhecedores desta decisão, a postura dividiu-se entre aqueles que mantiveram sempre a máscara na cara e aqueles que já entraram na sala sem ela.
O facto de ter deixado de ser obrigatória, não significa que passou a ser proibida e, assim sendo, desconfio que vou continuar a utilizá-la em espaços públicos, sejam ao ar livre, sejam em espaços fechados. Até quando não sei, mas por enquanto sinto-me confortável com esta opção. De resto, convém relembrar que a pandemia não terminou, continuamos a ser infectados e a morrer de Covid-19.

06 abril 2022

a quem interessar...