Hoje foi o dia da libertação! Deixa de ser obrigatório o uso de máscaras em espaços fechados, com a excepção de farmácias, transportes públicos, lares de idosos, hospitais e centros de saúde (?). Fico satisfeito com este facto, pois ele significa que os indicadores da pandemia são favoráveis e tendem a decrescer. Esta decisão é particularmente importante para as comunidades escolares e, em especial, para os alunos que têm vivido amordaçados e limitados no seu espaço de liberdade que é a Escola. Ainda assim, não sou um entusiasta e estou receoso deste momento de libertação, pois tal como em tantas outras situações, a adesão irreflectida e o entusiasmo generalizado poderão trazer dissabores e efeitos preversos, se não no imediato porque caminhamos para o Verão e bom tempo, mas quando o frio e a humidade regressarem no Outono.
Eu hoje saí à rua logo de manhã. Entrei em cafés e permaneci de máscara na cara. Depois, de tarde, fui para a Universidade e dei aulas de máscara na cara, apesar de ter recebido prévia indicação da Direcção da Escola da não obrigatoriedade do seu uso a partir de hoje. Entre os alunos, já informados e conhecedores desta decisão, a postura dividiu-se entre aqueles que mantiveram sempre a máscara na cara e aqueles que já entraram na sala sem ela.
O facto de ter deixado de ser obrigatória, não significa que passou a ser proibida e, assim sendo, desconfio que vou continuar a utilizá-la em espaços públicos, sejam ao ar livre, sejam em espaços fechados. Até quando não sei, mas por enquanto sinto-me confortável com esta opção. De resto, convém relembrar que a pandemia não terminou, continuamos a ser infectados e a morrer de Covid-19.
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