01 junho 2007

Infantilidade

Uma vez mais, cá temos o nosso excelentissimo Ministro da Economia, o Dr. Manuel Pinho, a fazer, ou melhor, a dizer das suas... hoje, no noticiário das 13 horas da SIC e a propósito do mais que previsivel despedimento de cerca de 160 trabalhadores de uma multi-nacional americana com instalações em Évora, quando confrontado pelos jornalistas acerca dessa situação, diz que o mais importante são as crianças e que sendo o dia mundial da criança, nada mais importa... isto aconteceu hoje quando se encontrava numa escola EB de Lisboa, onde com António Mexia deu uma aula de sensibilização para as questões energéticas.
De facto o melhor do mundo são as crianças, mas vai ser preciso explicar ao Sr. Ministro que as criancinhas precisam que seus pais tenham onde ganhar o pão deles de cada dia.

31 maio 2007

Pés Descalços



Não tivessem sido estes últimos dias chuvosos, de intempéries e arrefecimentos nocturnos, e já este texto há muito tempo - talvez um ou dois meses, teria sido escrito e, aqui, publicado.
Ainda a Primavera não se tinha apresentado e as temperaturas ainda timidamente eram amenas e já muitos e, principalmente, muitas, despuradamente se começaram a despir para em público se apresentarem. O que, de resto, muito me agrada, pois é bem agradável perceber um decote mais acentuado ou um descapotável umbigo, bem no centro de uma barriguinha light, ultimamente e cada vez mais, equipados ou decorados com adereços vários (piercings, alfinetes, brincos, ou mesmo pregos e ferraduras...).
Destes dias primaveris até aos dias finais do equinócio, andarei, andaremos satisfeitos e consolados com as itinerantes e deambulantes esculturas e obras-de-arte que é possível, ao virar de cada esquina, apreciar e degustar. Ao mesmo tempo e, para mim, com uma persistência angustiante, seremos obrigados a conviver, e bem de perto, com os membros inferiores desnudados de terceiros, estranhos e desconhecidos, numa moda e num (des)conforto que não percebo nem aceito.
Objecto de culto pessoal e até de fantasias eróticas e sexuais, o pé, perfeitamente "calçado" por esta, a nossa, sociedade de consumo imediato e narcisista, que previligia o egocentrismo, ou seja, o eu no centro do universo, permite-se a todas as dedicações e cuidados, muitas luxúrias e até a circular desnudado, livre de qualquer censura ou constrangimento. Confesso que convivo mal com essa libertinagem e sinto-me incomodado pela presença de qualquer conjunto de pés, normalmente horríveis, que me obrigam a ver e a sentir...
Bem sei que há algumas excepções e que eles também andam por aí, bem tratados e bem apresentados, portanto bonitos. O problema é que cada um e cada uma arroga-se no direito, diga-se legitimo, de considerar o seu par bonito e por isso, passíveis de passearem publicamente nus. Mas não, não o são!... Lamento desiludir, a esmagadora maioria dos seres humanos têm pés feios, disformes, assimétricos, desconformes, horrendos e mal tratados. Por isso, deveriam ter vergonha e escondê-los dentro de um qualquer calçado, devidamente acondicionados e longe da vista e nariz do resto do mundo. É que para além da implícita questão estética, é, acima de tudo, um imperativo para a saúde pública e para a sã convivência social. Guardemos esse prazer de andar descalços, ou quase, para a intimidade dos espaços privados ou para os locais que a tal obrigam...

Rodapés:

Independentemente de poderem ser considerados bonitos ou não, os meus dois, por todas as razões e algumas mais, raramente apreciam a luz do sol e incomodam terceiros.

Pior, só mesmo aqueles que circulam espectacularmente de sandálias e com meias...

30 maio 2007

O meu corpo já não é, para mim, mais do que um estorvo, um obstáculo, e tanto quanto possível vou-me libertando dele.
Rousseau

26 maio 2007

1973 Agenda

O cheiro a velho, o toque empoeirado e a visão gasta das letras denunciam um tempo longínquo. Curiosa atracção por este volume, jamais visto. De página em página vou gravando, mentalmente, lugares, visitas, nomes, encontros e desencontros. Num desafiar lento do tempo, dia após dia chego a uma animada e colorida data, onde nada encontro registado. Pousada entre folhas, num frágil e fino papel colorido, a imagem da Senhora, amiga nossa nas horas aflitas e ansiosas. Por perto, um post-it amarelo envelhecido que apenas dizia: 227439361. Nasceu o Luís Miguel. EU.

25 maio 2007

Aquisições

Mal soube da abertura de mais uma edição da Feira do Livro do Porto, que este ano e pela última vez se realiza no Pavilhão Rosa Mota, pensei logo em lá ir nos primeiros dias e, de preferência, num dia de semana logo pela manhã, pois assim não encontraria tanta confusão e, nos primeiros dias, concerteza haveria mais livros.
Desconhecendo o horário de abertura, preparei-me para essa missão logo pela manhã do dia de hoje, fazendo contas para lá estar às 10 e pouco... Contudo, para espanto e desilusão minha, o recinto só abre às 16 horas durante todos os dias do certame. Então e todos aqueles que trabalham à tarde e à noite? e aqueles... os desocupados?... que injustiça. Não se faz.
Agora, passo a apresentar os meus mais recentes amigos, dos quais espero companhia e fidelidade até ao fim dos meus dias:
- "Conflitos e Água de Rega" de Fabienne Wateau, Colecção Portugal de Perto - Dom Quixote;
- "A Dimensão Oculta" de Edward T. Hall - Relógio D'Água;
- "Os Devaneios do Caminhante Solitário" de Jean-Jacques Rousseau - Livros Cotovia;
- "A Bíblia Hebraica" de George Steiner - Relógio D'Água;
- "Etnografia Portuguesa" de José Leite de Vasconcelos (volumes V, VI e IX) - Imprensa Nacional Casa da Moeda;

24 maio 2007

Momento Primeiro

Considerada a primeira fotografia onde aparece uma figura humana (descubram-na!...). Em chapa de prata representa o Boulevard du Temple em Paris, fotografado em 1838 por Daguerre da janela do seu estúdio.

23 maio 2007

O Presente é Abençoado

...e porque o resto será sempre recordado...
(a pensar na minha amiga, Fátima)

um homem junta folhas
num monte no seu quintal, uma pilha
e apoia-se no ancinho e
queima-as todas.
a fragrância enche a floresta
as crianças param e sentem o
aroma, que se tornará
nostalgia em alguns anos.
jim morrison in Abismos

22 maio 2007

Muito Bom



Como é bom ser surpreendido e encontrado por um desconhecido espécime... qualquer seu pormenor nos poderá atrair, seja um nome, um título, uma imagem, uma fotografia ou um grafismo, é indiferente. Será sempre uma agradável surpresa. Neste caso, manifestamente foi o título que me atraiu, mas desenganem-se pois nada no seu interior está directamente relacionado com o seu atributo. No seu índice encontramos textos variados sobre: Genius, Magia e Felicidade, O Dia do Juízo Final, Os Ajudantes, Paródia, Desejar, O Ser Especial, O Autor como Gesto, Elogio da Profanação, Os seis minutos mais belos da história do cinema.
Ensaio que é, descobriu-me um destes dias, deambulante no Sr. FNAC (tal como o meu irmão lhe chama...). Sem os mesmos o trouxe comigo. Lendo estou.

15 maio 2007

Lets look at the trailler

Até pode não ser especialmente fantástica. Pode até nem ser genial. Mas é uma ideia, e minha. Sei que em contacto com as pessoas certas, vingaria e poderia esperar um relativo sucesso. Mas não, não conheço essas certas individualidades que com o seu cunho garantem e certificam a melhor das qualidades às ideias.
Esta é a conclusão, triste diga-se, à qual anualmente me resigno, quando vejo o calendário de concursos do ICAM. Todos os anos por esta altura, este instituto apresenta um programa de apoios: à criação, à produção, à realização, à distribuição, à exibição e à promoção de obras de cinema, curtas e longas metragens, documentários, animação, entre outros. É muito dinheiro que alguns conseguem cativar para os seus projectos e ideias... eu não! A ideia minha continuará, assim, mais uns tempos na famosa gaveta... entretanto, se por um mero e infímo acaso, algum dos ilustres leitores for "expert" nestas "cousas" de Hollywood, clique no Correio, mesmo aqui do lado direito do monitor, e fale-me. Será com o maior dos prazeres que mostrarei uma trailler... Obrigado.

10 maio 2007

Dona Picolé

Assim me foi apresentada esta palhaça pela minha filha de 5 anos.
Agora, já refeitos e estavelmente instalados na nova habitação, é tempo de conhecer os novos co-habitantes dos mesmos espaços comuns. Através de encontros imediatos ou fortuitos, pequenas conversas e algumas reuniões de condóminos, lá vamos reconhecendo nas boas horas e cumprimentos os demais…
Apenas e só pelo facto de residir no mesmo prédio e ser nossa vizinha, esta personagem tornou-se mais próxima e familiar, mesmo sem saber muito bem porquê, como e quando, houve uma aproximação ao nosso agregado familiar: o fascínio da menor é por demais evidente e em casa já existe um cd da mesma, por si oferecido e devidamente autografado e dedicado; já houve uma sessão de “dança privada” e até, uma participação privilegiada no programa televisivo Praça da Alegria da RTP.
Aproveitando este tipo de reflexão importará dizer que até então a figura da palhaça Picolé, a do olhar piscante, negro e profundo, apesar de conhecida, era uma perfeita desconhecida. Mas agora, é figura incontornável para observação e para participação, ainda que ausente, em conversas de amigos e família (…muito à frente!... - dizem-me alguns amigos). Despida da personagem, tal como a conheci e não reconheci, descobri uma “miúda” interessante e simpática, de conversa acertiva e esclarecida. Assumidamente despenteada mental, é uma mulher de esquerda e tem por nome próprio Ana Paula.

25 abril 2007

Intervenção A.M. Bragança

Passados todos estes anos (muitos, dirão uns; poucos, dirão outros), ainda celebramos esta data. Celebramos este acto primeiro, refundador de um ethos nacional adormecido. Impulsionados por um movimento militar, de um punhado de homens, que apesar de decidido e acertivo, movia um mar de incertezas, de Norte a Sul, do Interior ao Litoral, homens e mulheres, velhos e jovens manifestaram a sua concordância, a sua vontade de mudança. Empunhando o símbolo primeiro e único dessa luta, o cravo vermelho. Símbolo que adquiriu nesse dia e para sempre, um lugar de destaque na simbologia politica nacional, ilustrando as novas opções: impunham-se o novo, o futuro e a mudança!
Esta Revolução derrubou uma velha e implacável ditadura, sustentada por um paradigma colonialista e repressivo, que utilizava, se necessário fosse, todos os meios disponíveis para manter o sistema e calar aqueles que se insurgissem e resistissem. O 25 de Abril acabou com um país velhaco, misantropo e resignado ao seu fado, assim como rompeu com um passado de miséria e pobreza, de isolamento e de guerras impostas e travadas em nome de um império caduco. Acabou, igualmente, com o monopólio e o controlo de meia dúzia de famílias poderosas que, até então, condenavam os portugueses a uma sobrevivência indigente e sub-humana ou ao recurso à famosa e famigerada emigração.
Por muito que custe a algumas pessoas, que não guardam memórias desse velhaco, que o querem a todo o custo esquecer, esconder, desculpabilizar ou mesmo recuperar, esse Portugal acabou e acabou bem nesta data e às mãos dos capitães de Abril. Também importa reafirmar que o 25 de Abril foi em Abril, não foi em Novembro, como alguns nos tentam fazer crer, reinventando uma história que não aconteceu como desejavam.
Festejar e comemorar o 25 de Abril, significa para nós e para mim, a celebração de um futuro sempre novo, uma eterna mudança e a certeza da insubmissão. Agora, promover este dia, por todo o país, como acto único, ano após ano, ritualmente repetido e enfadonho, com um carácter visivelmente revivalista e vazio de sentidos e significados… Não! Não vale mais a pena!... Até porque passámos os restantes 364 dias de cada ano a assistir, por parte dos arautos da democracia e liberdades, a um discurso e, principalmente, a uma prática diametralmente apostas aos valores de Abril.
Chegamos a um tempo, o suficientemente distante, para perceber que esta data para as actuais e novas gerações pouco ou nada significa, a não ser o facto de saberem que algures num passado mais ou menos longínquo, alguém instituiu esta data como dia feriado… tal como o 5 de Outubro, ou o 1º de Dezembro…. Outros momentos maiores da nossa história.
Abril trouxe consigo inúmeros factores a seu favor e que entretanto a História se encarregou de registar: os direitos políticos, o desenvolvimento económico, a abertura de Portugal à Europa e ao Mundo, a libertação cultural, a descolonização, entre outros. Tudo isto e mais, muito mais, depois (passados cerca de 2 anos) vertido e assumido pela Constituição da República, como princípios estruturadores e, acima de tudo, estruturantes. O seu impulso transformador e transgressor molda a nossa responsabilidade e obriga-nos ao exercício de uma cidadania exigente e solidária, mas também insubmissa.
A uma suposta crise da democracia, respondemos sempre com mais democracia;
À crise das instituições, respondemos com mais transparência, rigor e responsabilidade;
À crise da participação, respondemos sempre com mais participação popular;
À crise do Estado social, respondemos sempre com mais Estado social;
Não nos resignamos perante a pobreza, perante a desigualdade social e perante essa calamidade que é o desemprego!
Não aceitamos uma economia que sobrevive da especulação bolsista, do incumprimento fiscal e da mão-de-obra barata, para não dizer, esclavagista!
Não pactuamos com os despedimentos selvagens, os encerramentos fraudulentos, o trabalho precário e sem direitos e com o bloqueio da contratação colectiva!
Recusamos a guetização dos imigrantes e a exploração clandestina da sua força de trabalho!
Rejeitamos uma Europa e um Portugal neoliberal, de serviços públicos mínimos!
Desassombrado e sem qualquer receio do consagrado mito do eterno retorno, afirmo aqui o nosso, o meu compromisso e cumplicidade com a Revolução.
Viva e Sempre PORTUGAL!

23 abril 2007

Dia do Livro e das Leituras

Grande dia este. Pena é que poucos ou nenhuns sabem, gostam ou querem ler... mas não importa, pois optimista que sou, prefiro pensar que todos, ou quase, o fazem e muito. Vamos a ler, não interessa o quê, nem porquê. Sempre a ler. Talvez seja um dos poucos casos em que prefiro o brasileiro gerúndio: "estou lendo!..."

20 abril 2007

pendurico, ico, ico,
quem te empotealhou?
foi a velha meretrizada,
que chinfranima na bisálhica.

Um Vício de Boca

Se alguma qualidade em mim reconheço é o facto de não ser facilmente influenciável, o que para alguns é, pura e simplesmente, teimosia ou casmurrice. Até à data, a verdade é que não encontrei o “vício”, o tal que nos subtrai tudo e mais.
Tenho, isso sim, alguns prazeres. Considero-me até um viciado nesses prazeres, quase privados, que assiduamente vou cultivando, dos quais, aqui e agora, destaco, em género de confissão pública – um erro para quem ambições tem, uma vez que em público só as virtudes importam. Diariamente, ou quase, bem perto do serão – magnifica abstracção, o ritual em volta de um cachimbo adocicado com ervas holandesas e bebericado com um velho escocês de 12 ou mais de vida. Intimidade solitária e egoísta, esta minha.

19 abril 2007

a nossa noite ontem à tarde
foi a manhã por que esperávamos
manhã de David Mourão-Ferreira

17 abril 2007

Great Nation!

Aquilo a que assistimos ontem em directo a partir da Virginia Tech, nos EUA, choca e aterroriza. Mas já não estranhamos e já não ficamos muito incomodados, pois sabemos que lá, nessa grandiosa nação federação, já aconteceu mais vezes e concerteza, mais tarde ou mais cedo, voltará a acontecer. Se não for ali poderá ser além, ou acolá… se não for um assassino poderá ser um grupo, um bando ou um esquadrão… se não executarem 30, poderão ser só 10, ou 15… o que importa é que acontece e não acontece por acaso. Estamos a falar da nação que se auto-titula como a maior das democracias, arautos da intrínseca defesa das garantias individuais… que, acima de tudo, promove o “eu”, em detrimento do “tu”, do “ele”, do “nós”, do “vós” ou dos “eles”. Que permite e incentiva a posse e o porte de armas (pessoais e de defesa, dizem eles!?!...), e depois, incrédulos, admiram-se em dias como o de ontem.
Vivemos um tempo, recheado de espaços onde, diariamente, se morre, se chacina, por muito ou por pouco, mas por alguma razão – religiosa, política, estratégica ou económica. De tantos exemplos que nos violam a intimidade, aprendemos a relativizar a desgraça e o sofrimento alheios, pois acontecem, normalmente, bem longe, insensíveis não nos dói. Agora aqui, neste caso, no “país” do mundo, morre-se porque se vai à escola, porque se vai às compras, porque se vai meter gasolina, enfim, porque se está no sitio certo, só que na hora errada.

God Bless America!

13 abril 2007

Podemos Aprender Sempre

Não há muito tempo atrás ví, na SIC Notícias, uma reportagem sobre o segundo aniversário da revista ou jornal (!?) Courrier Internacional. Nesse evento, aliás muito VIP, compareceram as mais variadas personalidades da nossa sociedade e os elogios à publicação foram de tal ordem que despertou a minha curiosidade. Confesso que, apesar de já ter conhecimento da sua existência, nunca me passou pela cabeça sequer desfolhá-lo. Nessa mesma notícia, foi dito que para assinalar o 2º aniversário e o seu sucesso editorial, a próxima edição, que saíria dia 13 de Abril (hoje), seria gratuita. Registei na agenda, com alarme não fosse esquecer-me de olhar para esta página, para o ir buscar... (à velha maneira do português esperto e mais que os outros, que vai para o hipermercado e devora todas as promoções, porque gratuitas, que são apresentadas por simpáticas e frescas meninas...)
Assim fiz e, numa primeira abordagem, fiquei bem impressionado. Excelente fonte de informação global, por vezes detalhada, mas na sua maioria, resumida.
Assim se percebe como alguns senhores e algumas senhoras da nossa praça conseguem andar tão bem documentadas, informadas e actualizadas, dissertando sobre o mais infimo pormenor da vida deste mundo, daquilo que poucos conhecem e alguns pensam saber.
Hoje, achou-se mais um assíduo leitor semanal.

06 abril 2007

6ª feira a santa

No dia em que, dizem, Cristo foi crucificado, instituiu-se dia de descanso. Muitos, pertencentes à comunidade de Cristãos e, depois, à de Católicos, dedicam este dia à sua religião. Os especialistas desta religião, aqueles que organizam e estruturam toda a teoria e prática religiosa, determinando aquilo que pode e deve ser alvo de culto e veneração, assim como definem as noções de "bem" e "mal", impuseram, num passado bem longínquo e, para mim, desconhecido, que neste dia, se impunha à comunidade, salvo excepção para as crianças, os idosos e os doentes, a abstinência e o jejum. Algo que até se pode perceber se contextualizado temporalmente, mas a verdade é que esta tradição foi perdurando no tempo e chegou aos nossos dias, transformando-se num preceito completamente absoleto.
Nada tenho contra os dias de feriados religiosos, muito menos me incomoda qualquer tradição ou prática religiosa, crenças ou devoções que levam a este tipo de obediência. Mas custa-me, intestinalmente incomoda-me saber que neste dia, ano após ano, tenho que, por respeito a terceiros, cumprir tal preceito.
Garanto-vos que um dia, seja esse dia quando for, quando e se for eu o patriarca, algo de diferente acontecerá... fica assim e aqui, registado o meu desconforto e descontentamento.

03 abril 2007

Guardas de Roma

Um excelente docudrama gravado em alta definição. Um fantástico thriller cuja acção decorre no reinado de Nero.


No ano 64 depois de Cristo, Roma é a maior metrópole que o mundo já viu, com uma população de um milhão de pessoas... Mas quando o inferno se ergue nas suas sete colinas, dois terços dessa metrópole são destruídos pelo fogo deixando 200.000 pessoas sem casa. Um rumor eleva-se: "Foi Nero quem deitou fogo". Os inúneros inimigos do Imperador estão sedentos do seu sangue.Para desviar as atenções desta vaga de hostiliadde Nero deita as culpas para um grupo de pessoas que adoravam um deus chamado Cristo, não reconhecendo as divindades de Roma.... Estes cristãos são denunciados e perseguidos.... Quem incendiou Roma?... Um fantástico thriller passado na Roma Imperial, durante o reinado de Nero.

Hoje à noite na 2: