Aquilo a que assistimos ontem em directo a partir da Virginia Tech, nos EUA, choca e aterroriza. Mas já não estranhamos e já não ficamos muito incomodados, pois sabemos que lá, nessa grandiosa nação federação, já aconteceu mais vezes e concerteza, mais tarde ou mais cedo, voltará a acontecer. Se não for ali poderá ser além, ou acolá… se não for um assassino poderá ser um grupo, um bando ou um esquadrão… se não executarem 30, poderão ser só 10, ou 15… o que importa é que acontece e não acontece por acaso. Estamos a falar da nação que se auto-titula como a maior das democracias, arautos da intrínseca defesa das garantias individuais… que, acima de tudo, promove o “eu”, em detrimento do “tu”, do “ele”, do “nós”, do “vós” ou dos “eles”. Que permite e incentiva a posse e o porte de armas (pessoais e de defesa, dizem eles!?!...), e depois, incrédulos, admiram-se em dias como o de ontem.
Vivemos um tempo, recheado de espaços onde, diariamente, se morre, se chacina, por muito ou por pouco, mas por alguma razão – religiosa, política, estratégica ou económica. De tantos exemplos que nos violam a intimidade, aprendemos a relativizar a desgraça e o sofrimento alheios, pois acontecem, normalmente, bem longe, insensíveis não nos dói. Agora aqui, neste caso, no “país” do mundo, morre-se porque se vai à escola, porque se vai às compras, porque se vai meter gasolina, enfim, porque se está no sitio certo, só que na hora errada.
God Bless America!
Vivemos um tempo, recheado de espaços onde, diariamente, se morre, se chacina, por muito ou por pouco, mas por alguma razão – religiosa, política, estratégica ou económica. De tantos exemplos que nos violam a intimidade, aprendemos a relativizar a desgraça e o sofrimento alheios, pois acontecem, normalmente, bem longe, insensíveis não nos dói. Agora aqui, neste caso, no “país” do mundo, morre-se porque se vai à escola, porque se vai às compras, porque se vai meter gasolina, enfim, porque se está no sitio certo, só que na hora errada.
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