Sempre ouvi dizer que é nos filhos que percebemos o tempo a passar. É ao constatarmos o crescimento da nossa prole, que admitimos o nosso (de)crescimento e o peso dos anos a passar. Contudo, nunca até ao dia de hoje, tinha percebido que aquilo que, normalmente, se designa a primeira idade (se aqui englobarmos a infância, a adolescência e a juventude), para mim já passou. É verdade, sim senhor a afirmação inicial, pois a minha descendência tem crescido e bem, o que significa que o tempo não para e, apesar de me considerar "jovem", de facto e na realidade, já não será aí que me encontro...
Recordo agora todos(as) aqueles(as) que já a caminho da 4ª idade, continuam a afirmar que se sentem jovens.... que o que importa é o espirito... a vontade e a disposição...
Como enganados estão, os coitados!
O "clic" que me faltava para o admitir, foi a conversa que hoje mantive com dois médicos que consultei. Por mais que continue a enganar-me, considerando que ainda não cheguei a esse outro estadio do meu processo ontogenético, que será o anterior ao último, o diagnóstico frio e racional com o qual fui confrontado, que anúncia sintomas e hipóteses para quadros clínicos que, pessoalmente, sempre associei às idades maiores, derrotou toda e qualquer atitude narcisica relativa ao mito da eterna juventude.
Entretanto e nas entrelinhas de tais cenários, fiquei também a saber que não sou considerado obeso, não sou hipertenso e tenho vantagens genéticas (seja lá isso o que for...).
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