17 novembro 2008

into the wild

Não percebo porque o traduziram para português assim!?... o título original, que dá nome a este post, não significa "lado selvagem" e para além do mais, desvirtua o significado e o sentido. Mas enfim, também não é por isso que escrevo.
Algures durante a semana passada, a caminho da tertúlia, dei com esta capa na prateleira dos destaques da FNAC. Logo me chamou a atenção este autocarro que reconheci de imediato e não foi preciso mais do que ler a informação contida nesta capa para perceber que sim, de facto já conhecia este autocarro de um filme que víra durante o último Verão e que gostara imenso. O título desse filme era homónimo, ou seja, "into the wild", com argumento e realização de Sean Penn e conta o trágico percurso de Christopher McCandless, jovem americano do final do século XX.
Depois do filme encontrara, agora, o livro e sem reflectir muito, desde logo, peguei num exemplar, só que ao contrário do que seria normal, não o comprei. Dirigi-me com ele para o espaço café da FNAC onde ávido o comecei a ler. Como os minutos voaram e tendo que ir embora, a custo, lá o devolvi ao seu lugar. Desde então e até hoje, quase diariamente, repito o ritual e, de capítulo a capítulo, lá vou eu lendo o livro, relegando para segundo plano a tertúlia e os parceiros da mesma.
Hoje, tal como no último dia, lá apareço eu na referida reunião já com o livro pronto e, pelos vistos, com vontade manifesta de o ler. O amigo Paulo intrigado pelo súbito interesse neste livro, ainda me questionou porque não o comprava (!?). A resposta foi pronta, apesar de meio alheado da realidade, disse que não queria gastar dinheiro com este livro (a lista daqueles que eu quero ir buscar é tão extensa...) e, para além disto, até estava a achar piada ler assim o livro, todos os dias e ali aos poucos...
Um pouco depois, continuando eu absorvido pela narrativa, o Paulo levantou-se e diz-me que vai a qualquer lado e que regressaria para se despedir. Muito bem, eu, no entretanto, continuaria ali, um pouco mais de tempo. Passados mais não sei quantos minutos, lá regressa ele e com um pequeno saco na mão. Ao estender-me essa mesma mão para se despedir, pousa o pequeno saco em cima do livro aberto que lia. Meio atrapalhado e surpreso, pude perceber, mesmo através do saco, que dentro estava um livro igual ao que eu lia.
Enquanto o Paulo se afastava, eu aparvalhado, fui incapaz de emitir qualquer som, para além de uma estúpida gargalhada. Apesar de tarde, Obrigado Amigo.

2 comentários:

Unknown disse...

A gargalhada não foi nada estúpida, foi espontânea...e acho que vou guardá-la durante muito tempo...Beijo

Mr. Blue disse...

Curiosamente, este que assina, escreveu (aqui: http://popcornnotallowedinside.blogspot.com/2008/05/into-wild.html )que o livro se lia num fôlego só.
Pelos vistos também se pode ler, com igual prazer, em fôlegos espaçados no tempo...