O Jornal Expesso revelou na sua edição de ontem um conjunto de documentos provenientes da WikiLeaks e relativos a Portugal. De todos eles, destacam-se os documentos relativos às nossas forças armadas e ao ministério da defesa. A correspondência entre o antigo embaixador dos EUA em Lisboa e o seu governo revela considerações pouco abonatórias e até mesmo insultuosas acerca dos nossos políticos e das nossas instituições militares. Contudo, importa salientar também o embaraçoso silêncio que tomou conta dos representantes dessas mesmas instituições. Não sei se significa a assunção da situação e o reconhecimento em tais palavras e adjectivações, ou se significa puro desprezo e perfeito alheamento dessas instituições pelo país civil. Em todo o caso, parece-me apropriado dizer que, para lá da actual celeuma, os nossos militares gostam de brincar com brinquedos caros, ainda por cima inúteis. Como bem afirma hoje em editorial o Jornal Público "...o silêncio significa que, mesmo sem ser integralmente rigoroso, o telegrama do embaixador Stephenson passará a ser integralmente verdadeiro".
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