Fui surpreendido ao final da tarde com a triste notícia da morte do Miguel Portas. Não que não soubesse da sua doença, do seu estado debilitado e da gravidade da doença, mas não tinha conhecimento ou notícias desta última recaída. Conheci o Miguel algures em 2005, numa conversa "Um café com Miguel Portas", promovida pelo BE Bragança, no café Pátio. Foi uma noite prolongada, de conversa e debate, onde o Miguel com a sua educação e cordialidade foi respondendo às perguntas e provocações lançadas por todos quantos quiseram participar. Apesar de não haver uma relação de grande proximidade, nos vários e diferentes momentos em que nos encontrámos - encontros temáticos, Mesas Nacionais ou Convenções - tinha sempre uma palavra simpática e de incentivo para a "luta" difícil no interior do país. Daquilo que pude testemunhar, o Miguel foi, de facto e apesar da sua simplicidade, um dirigente e um activista político de grande competência, firme nas suas convicções e, acima de tudo, capaz de ouvir e de dialogar com todos os outros. A última vez que falei com ele foi na Mesa Nacional de 4 de Fevereiro e estava aparentemente bem. Foi um honra e uma sorte conhecer o Miguel e aprender com o Miguel. Até sempre.
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