18 abril 2013

mediascape: parente pobre

A notícia que encontrei apenas aqui, deixa-me muito chateado e até triste. É sempre a mesma coisa, são sempre os mesmos os primeiros a serem sacrificados. Uma cidade como o Porto, perder um evento estruturante como a feira do livro, é reduzir a praticamente nada a oferta cultural do município. Pois é, cultura para este executivo são as corridas de carros na Foz e na Boavista, são as corridas da RedBull ou são os cagalhões da Joana Vasconcelos. Mas está tudo bem. Está a acabar o período destes iluminados e senhores da estética e do bom gosto. Sem feira do livro quem perde é a cidade, sou eu, és tu, é ele (mas não sabe) e somos nós. Enfim, melhores anos virão. Fica o excerto da notícia relativa a este assunto.

"Rui Rio deixa o Porto sem Feira do Livro

No último ano de mandato de Rui Rio à frente da autarquia, a Câmara do Porto decidiu não apoiar a realização da Feira do Livro, impedindo assim que os portuenses continuem a usufruir daquela iniciativa que animava a baixa da cidade e promovia a cultura na região.

Em comunicado, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) considera que "não é possível a realização da feira nas mesmas condições de dignidade e qualidade dos anos anteriores, onerando os seus associados com um valor suplementar ao que já suportam para poderem estar presentes na realização deste evento cultural". O protocolo entre Câmara e livreiros, que vigorava desde 2009, expirou em outubro passado e a APEL sempre disse que o apoio da Câmara era fundamental para que a iniciativa se pudesse realizar. Os livreiros ainda reclamam de Rui Rio o pagamento da dívida das edições anteriores da Feira do Livro, mas nunca obtiveram resposta.

A posição da Câmara manteve-se inflexível em limitar os apoios à cedência de espaço e isenção de taxas camarárias, considerando a Feira uma atividade com fins lucrativos para editores e livreiros. "Resta à APEL fazer votos que no próximo ano a Feira do Livro regresse à cidade com a qualidade e dignidade que já habituou os portuenses", conclui o comunicado dos editores e livreiros."

15 abril 2013

mediascape: não haverá duas sem três, ou nove

Acabámos de saber que o tribunal cível do Porto impediu Luís Filipe Menezes de se candidatar à Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas. Depois de Fernando Seara em Lisboa, o mesmo desfecho acontece na cidade do Porto, deixando claro que os mandatos são das pessoas e não do território. A este propósito não percebo qual a dúvida jurídica e de sua interpretação, ou sequer semântica, assim como não entendo a teimosia cristalizadora do PSD em insistir com nove candidaturas nas mesmas condições. O PSD é, aliás, o único partido a apresentar candidatos com essas limitações. Curiosa e muito é a reacção da Distrital do PSD Porto que mesmo depois da sentença afirma: "a candidatura de Filipe Menezes (PSD) à Câmara do Porto nas próximas autárquicas é "válida à luz da lei" e está convencida de que o Tribunal Constitucional vai "repor o espírito da lei" Repor?! Senhores, já está no sítio onde sempre deverá estar; o espírito.

10 abril 2013

sempre bom

Por mais voltas que dê, por muito que experimente e conheça, cada regresso é sempre genial. Assim, estamos sempre disponíveis e até ansiosos pelo regresso. Genial é o substantivo.



ainda que atrasado...

... mas com a qualidade de (quase) sempre.