Hoje, dia 4 de Setembro, o Jornal Público deu destaque (páginas 2, 3 e editorial) aos dados relativos ao comércio tradicional em Portugal. Sem grande euforia e de forma cautelosa até, diz-se que o peso desse comércio cresceu, no primeiro semestre de 2013, para os 15,4%. Estes dados são considerados um sinal de como o mercado se está a transformar.
Custa-me dizer mas não me parece que seja possível, a curto trecho, uma alteração substancial dos hábitos de consumo dos portugueses. Por princípio nada tenho contra as grandes superfícies, aliás, não consigo viver sem elas. Não gosto é da voragem centrífuga dos monopólios económicos e, em Portugal, é no sector da distribuição que podemos encontrar os grandes empresários e o domínio da quase totalidade do mercado (cerca de 85%). Como alguém dizia, o retrato da nossa economia e do nosso empreendorismo faz-se com a percepção de que os dois maiores empresários portugueses são merceeiros.
Apesar de céptico, fico contente com esta notícia e gostaria muito que esta tendência se consolidasse e pudesse mesmo aumentar. Quanto mim, lamento não conseguir viver sem ser cliente do Sr. Belmiro e do Sr. Francisco. Quem sabe um dia.
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