Esteve, ainda está, o país debaixo de um dilúvio de água e vento. A Comunicação Social não fala de outra coisa e o circo é o mesmo de sempre, o de uma catástrofe nacional. Eu estarei sempre solidário com os cidadãos que sofrem directamente com estas intempéries, mas não percebo este alarido todo por causa da água. Então não estávamos (estamos?) a sofrer com uma seca severa há vários meses ou anos? Agora que veio a água e com abundância, já estamos a reclamar porque há água a mais... nunca estamos satisfeito com o que temos.
Depois, ainda levamos com este frenesim (des)informativo, parecendo que o país se vai afundar. Não, não vai e para além disso, as populações que sempre viveram em zonas ribeirinhas estão habituadas a este tipo de fenómenos. Eu, que apesar de ainda não ser propriamente sénior, lembro-me de, ciclicamente, ver os rios transbordarem e inundarem as lezírias e zonas baixas. Onde está o espanto agora?
Mais, ainda alguém me irá explicar o(s) critério(s) para se afirmar que um dia de Sol e de calor corresponde a "bom tempo" e um dia de chuva e de vento significa "mau tempo". É que para a minha amígdala o bom tempo é este, o de frio, chuva, nevoeiro, gelo ou neve. Portanto, onde e quando se instituiu esses parâmetros de qualidade do clima? Eu contesto-os.
Por fim, "a bem da nação" como se dizia no velho tempo, e já agora, para bem de todos nós, deixem chover, deixem a terra ficar coberta de água. Mais tarde, todos agradeceremos.
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