---------"Viajar, ou mesmo viver, sem tirar notas é uma irresponsabilidade..." Franz Kafka (1911)--------- Ouvir, ler e escrever. Falar, contar e descrever. O prazer de viver. Assim partilho minha visão do mundo. [blogue escrito, propositadamente, sem abrigo e contra, declaradamente, o novo Acordo Ortográfico]
21 fevereiro 2022
coitados dos turistas
10 fevereiro 2022
diz-se por aí
04 fevereiro 2022
maioria absoluta
Não foi preciso esperar muitos dias depois das eleições e delas ter resultado uma maioria absoluta, para o PS começar a governar o Estado a seu bel-prazer, sem se preocupar com o que seja, sem olhar para o lado e sem, reparem bem no preciosismo, se preocupar com aquilo que estava anteriormente negociado com o PC e o BE.
31 janeiro 2022
idiotas úteis *
28 janeiro 2022
ainda assim espero estar enganado
23 julho 2021
o incrédulo entre nós
23 junho 2021
desconfinamento desconfiado
22 janeiro 2021
Joe Biden e o crápula
07 janeiro 2021
mediascape: distopia
As imagens que nos chegaram ontem de Washington são de tal forma irreais que não consigo encontrar melhor exemplo de uma distopia na contemporaneidade. Aquela que se afirma como a maior democracia do mundo, o país de todas as liberdades e oportunidades, afinal tem pés de barro. Como foi possível um bando de energúmenos invadirem e vandalizarem o coração da federação democrática dos EUA? As imagens que vimos não foram bonitas e são significativas do estado de grande fragilidade em que as instituições americanas se encontram, obra e graça do desqualificado presidente Trump que, em apenas quatro anos, conseguiu destruir alguns dos pilares democráticos que jamais imaginamos ser possível pôr em causa. Enfim, acredito que a democracia há-de sobreviver a este caos institucional e que os EUA regressarão a uma determinada normalidade. Donald Trump vai querer arrastar o país para um caos insuportável até ser despejado da Casa Branca, por isso, tudo o que possa vir a acontecer até lá não poderá ser surpresa para ninguém. Estamos a assistir ao estertor de um crápula ignóbil.
27 dezembro 2020
dia D
16 dezembro 2020
mediascape: predisposição
04 dezembro 2020
o plano de vacinação
30 novembro 2020
expectativa, ilusão ou falsa esperança?
03 novembro 2020
um dia importante
02 novembro 2020
no fio da navalha
A propósito da declaração do Primeiro-Ministro no final do Conselho de Ministro, no passado Sábado, e as posteriores reacções e comentários que, incessantes, se vão ouvindo nos media, eu, que assisti em directo a essas declarações, não consigo ser crítico do comportamento e do discurso de António Costa e seu Governo - foi explícito e, principalmente, foi pedagógico. Claro que tem havido erros de gestão da pandemia, má comunicação, informações contraditórias, mas caramba, estamos numa situação impossível de gerir. Já aqui o disse e vou repetir: respeito e admiro muito aqueles(as) que têm dado a cara e estão ao leme desta situação desde o início da pandemia, pois sendo uma realidade extrema, nova e de uma intensidade tal, é de uma injustiça gritante estar sempre a criticar, ainda por cima, sem apresentar alternativas. Percebeu-se nas palavras de António Costa uma tremenda incerteza sobre o que aí vem, foi notório o desconforto com a atitude irresponsável de muitos portugueses e foi perceptível o fio da navalha em que o Governo e demais instituições responsáveis se encontram neste momento. Serão sempre decisões difíceis que implicarão consequências gravíssimas para a nossa sociedade. Respeito.
25 outubro 2020
um novo início
21 setembro 2020
mediascape:golo
No fim-de-semana em que iniciou mais um campeonato nacional das ligas profissionais, o eco do descontentamento do sector pairou por toda a comunicação social, porque a DGS mantém os espectadores longe dos estádios de futebol e não se prevê uma alteração dessa restrição a curto prazo. Eu até entendo e aceito o desagrado e as terríveis consequências financeiras destas medidas e percebo que o universo do futebol esteja a sofrer como jamais sofreu. Claro que o futebol sem adeptos nas bancadas é uma merda, mas o coro que se faz ouvir parece que não entende (ou não quer entender) que são mais do que justificáveis as razões que impedem a presença de pessoas nos estádios. É que ao contrário de outras manifestações ou eventos de massas, o futebol tem um elemento explosivo que se chama GOLO! E é esse momento orgásmico quem prejudica a indústria do futebol. Como poderiam controlar centenas ou milhares de pessoas espalhadas por um estádio, nesse momento de alegre e efusiva manifestação? Impossível. Portanto, haja paciência e mantenham-se as portas dos estádios fechadas.
18 setembro 2020
reencontro
Hoje foi o dia em que a minha criança regressou à escola, depois de mais de seis meses de ausência. A expectativa do miúdo era grande, mas maior era a ansiedade e o turbilhão de sensações dos seus pais sobre este regresso. Admito que estou moderadamente pessimista em relação ao funcionamento das escolas neste contexto e estou consciente que a maioria das estruturas e equipamentos escolares não conseguem dar respostas satisfatórias às recomendações e exigências da DGS.
Nestes últimos dias, todas as dúvidas e questões ganharam relevância e, ainda ontem, comentava em família que aquilo que me apetecia fazer neste momento era pegar na família e refugiar-me num recanto qualquer, longe e afastados deste turbilhão contagioso. Infelizmente não temos essa possibilidade, mas seria a minha vontade, pelo menos até esta tempestade se afastar.
Entretanto, ao acompanhar o miúdo à escola e ao vê-lo no reencontro os seus colegas, alegres e felizes a falar e a brincar, todos essas dúvidas e questões em relação ao início do ano, se desvaneceram e, claro, o lugar deles é lá, na Escola, onde mais do que o conhecimento, importa a socialização, a brincadeira, os encontros e desencontros, para poderem ser crianças saudáveis e equilibradas. Viva a ESCOLA.
01 setembro 2020
mediascape: abjecta
A notícia do dia, a correr nas edições online dos media e nas redes sociais, é um abaixo-assinado a favor do respeito pela objecção de consciência dos pais que não queiram que os seus filhos frequentem a disciplina de Educação para a Cidadania e o Desenvolvimento. Assinaram este bolorento documento, para além dos seus promotores Manuel Braga da Cruz e Mário Pinto, cerca de cem personalidades portuguesas, entre elas, Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, D. Manuel Clemente, Pedro Lomba, Miguel Morgado, Rui Machete, Manuela Ferreira Leite, António Bagão Felix, Adriano Moreira, José Ribeiro e Castro e até o socialista(?!) Sérgio Sousa Pinto. Este grupo peticionário muito homogéneo e conservador insurge-se contra a imposição e a obrigatoriedade da frequência e avaliação dessa disciplina no Curriculum da Escola Pública, alegando falta de liberdade para os pais nas escolhas educativas e uma imposição do Estado em algo que é competência da família.
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Programa curricular da disciplina Educação para a Cidadania e o Desenvolvimento. |
Pois bem, tendo em conta o programa curricular conhecido dessa disciplina, aqui reproduzido, onde podem estas luminárias encontrar motivos para objecção de consciência?! Estou mais certo e convencido que aquilo que estes reumáticos mentais pretendem é promover um retrocesso civilizacional e que as liberdades civis que temos vindo a conquistar não se consolidem na sociedade e que um dia possam ser revertidas. Abjecta a consciência destes peticionários.
eis a questão
Aproveitando o embalo do último post, partilho a minha preocupação imediata: a aproximação do início do ano lectivo e as incertezas que me assaltam sobre aquilo que vai acontecer. Tenho estado atento a tudo quanto é dito e escrito sobre o assunto - comunicações oficiais da DGS e do Governo, opiniões publicadas e opiniões avulsas de amigos e conhecidos - e não consigo vislumbrar uma estratégia, uma linha de pensamento segura e acertiva sobre o assunto. A minha criança vai para a escola daqui a quinze dias e ainda não fomos informados de nada: horários, turmas, intervalos, cantina, regulamentos de funcionamento, planos de contingência, medidas de segurança individuais, etc.. São inúmeras as questões e as dúvidas, e nesta incerteza continuo a ponderar não deixar o meu filho ir à escola. Bem sei que não posso mantê-lo refém deste vírus para toda a vida, mas mantenho a minha perspectiva de que é mais importante proteger-lhe a saúde do que expô-lo a riscos desnecessários apenas e só pelo benefício da aprendizagem. Não haverá qualquer perda, se não aprender este ano, aprenderá no próximo. Terá toda a sua vida para o conhecimento.