É este o resultado de andarmos a brincar às privatizações de sectores estruturais e estratégicos do nosso país. A gestão privada é que é boa, muito melhor do que a pública, diz-se por aí e sem pudor. Como pode a água, que é um bem essencial e um direito fundamental que cada cidadão tem, ser privatizada e a sua gestão ser objecto de especulação, cujo único propósito é a obtenção de lucro?! Como pode haver gente - e aqui falo de presidentes de Câmaras Municipais e demais organismos municipais, partidos políticos e agentes sociais - que decida que a água deve ser explorada por uma empresa privada, cuja finalidade é a obtenção de lucro? Esse executivo camarário que assinou, em 2004, o contrato de concessão deveria ser criminalmente responsabilizado. Foi um crime! É um crime! Não podemos aceitar esta lógica liberalizadora na nossa sociedade, pois se assim for, quando dermos conta estaremos a pagar o ar que respiramos.
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