Tive conhecimento deste estudo através da comunicação social e logo tratei de o procurar. Encontrei-o no sítio da Fundação Gulbenkian e disponível para download gratuito (aqui). Muito interessante e pertinente, principalmente no contexto actual de pandemia ou pós-pandemia. Vou ler com atenção, pois parece-me que faz um retrato pormenorizado daquilo que temos sido e daquilo que temos feito com o nosso tempo disponível. Para uma leitura sucinta ou apressada bastará ler a "síntese dos resultados" (páginas 6 a 10).
Na apresentação do estudo, pode-se ler:
Este inquérito oferece um retrato inédito da diversidade das práticas culturais em Portugal.
Encomendado pela Fundação Gulbenkian ao Instituto de Ciências Sociais (ICS), o estudo fornece às instituições culturais uma grelha de leitura sobre os seus públicos, atuais e futuros, e quer contribuir para a produção de políticas públicas inovadoras. O estudo foi coordenado por José Machado Pais, Miguel Lobo Antunes e Pedro Magalhães.
O inquérito reúne informação socialmente relevante e estatisticamente representativa da população residente em Portugal, regiões autónomas incluídas, com 15 ou mais anos de idade. A amostra tem uma dimensão de 2000 inquiridos e o trabalho de campo foi realizado entre os dias 12 de setembro e 28 de dezembro de 2020. A informação foi recolhida através de entrevista direta e pessoal na residência dos inquiridos, em sistema CAPI (Computer Assisted Personal Interview).
Os domínios pesquisados abrangem consumos culturais através da Internet, da televisão e da rádio; práticas de leitura em formato impresso e digital; frequência de bibliotecas, museus, monumentos históricos, sítios arqueológicos e galerias de arte; idas ao cinema, concertos e espetáculos ao vivo, incluindo festivais e festas locais; participação artística e capitais culturais.
Disponibilizam-se também indicadores de participação cultural mais interventiva ou comprometida, como o exercício de práticas artísticas amadoras, a partilha de conteúdos culturais de autoria própria, a interação online em temas relacionados com a cultura, a participação em blogues, o voluntariado e a participação em associações culturais.
Propõe-se ainda uma importante bateria de indicadores sobre as motivações e os obstáculos que mobilizam ou não os portugueses para o exercício de práticas culturais nucleares, indicadores que permitirão ajustar estratégias de captação e fidelização dos públicos da cultura.
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