Já está. O ignóbil saiu pela porta pequena da Casa Branca e foi para o seu feudo tomar conta dos porcos e galinhas. Joe Biden tomou posse, num acto de simplicidade democrática e, ao assistir ao evento, a memória destes últimos quatro anos mais pareciam um sonho mau. Não foi um sonho, mas uma realidade má, que felizmente os americanos puseram cobro. Não tenho grande ilusões face à nova administração, mas pelo menos, ficou o alívio e a satisfação de a democracia ter vencido a mentira, a distopia e, acima de tudo, o crápula desqualificado e toda a seita de negacionistas, conservadores e radicais supremacionistas.
Ainda assim, passadas pouco mais de 48 horas sobre a tomada de posse, é bom saber que de imediato Joe Biden reverteu um conjunto de medidas-bandeira da anterior administração e do chamado "trumpismo". Com a assinatura de vários decretos, o novo presidente reverteu, por exemplo:
- EUA regressam ao Acordo de Paris (combate às alterações climáticas);
- Destruiu o muro em construção entre os EUA e o México;
- Impôs a obrigatoriedade do uso de máscaras e distanciamento social em todos os espaços e instituições federais (protecção e combate à Covid-19);
- Cancelou o estado de emergência até então em vigor;
- revogação das autorizações para a construção do oleoduto Keystone XL; o regresso dos limites às emissões poluentes na indústria automóvel; ou a suspensão das concessões para a exploração de petróleo e gás no Refú- gio Nacional de Vida Selvagem do Árctico;
- Suspendeu por 100 dias o repatriamento de imigrantes considerados ilegais;
- pôs fim à proibição de entrada a cidadãos de países de maioria muçulmana;
Estes foram alguns dos decretos que Joe Biden assinou nas primeiras horas do seu mandato, destruindo de uma só vez o completo e perfeito disparate que o seu antecessor foi produzindo ao longo do seu mandato. Ainda há esperança para a democracia e para o mundo.
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