Termina hoje a campanha eleitoral para as presidenciais, que vão acontecer no próximo Domingo, e para mim foi como se não tivesse existido. Aliás, ela não existiu. Estive completamente ausente, soube de um ou outro episódio, mas não quis, de todo, acompanhar aquilo que considero ter sido uma farsa. Eu percebo a importância das eleições para a nossa democracia e para a nossa república, mas face ao estado em que está o país, não havia, de facto não houve, condições para a sua realização. Aquilo que aconteceu não foi campanha eleitoral, foi a imposição da vontade dos partidos em garantir a sua dependência do Estado (se não estou em erro, só os candidatos que obtiverem 5% ou mais, terão direito a receber um valor por cada voto). Nenhum deles pôs sequer a hipótese de prescindir desse financiamento. A Assembleia da República deveria, a seu tempo, ter precavido esta possibilidade de calamidade e encontrar cenários alternativos para estas eleições.
As instituições em Portugal existem e estão em normal funcionamento e, por isso, perfeitamente capazes de se adaptar às contingências impostas pela pandemia e o estado de calamidade em que o país se encontra. A nossa democracia enfrenta vários ataques, dos quais se destaca, como todos sabemos, a extrema-direita fascista. Uma das duas razões que me vão fazer ir votar no Domingo, é combater essa extrema-direita, derrotar o embrião de proto-fascista e esperar que muitos portugueses assim também façam, numa esperança de que a abstenção não seja assim tão elevada como se prevê, pois eleger um presidente com apenas cerca de 20% será fragilizar as nossas instituições e a nossa democracia.
Vamos votar!
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