Termina hoje a campanha eleitoral para as eleições legislativas que irão acontecer no Domingo, dia 30 de Janeiro de 2022. Durante este longo período desde o chumbo do orçamento e o "derrube" do governo, procurei estar atento, ainda que à distância, mas sempre preocupado e receoso do resultado da eleição. É que apesar de não gostar do governo PS e até aceitar que foi António Costa quem não quis negociar e chegar a acordo com os partidos à sua esquerda e, assim, preferir ir para eleições, não aceito que digam que os governos do PS são iguais ou parecidos aos governos da direita. A ideia vastamente difundida, em jeito de justificação para as opções escolhidas, nos partidos de esquerda de que o PS não é de esquerda, não é verdadeira. Caramba, é preciso não ter memória e não ter qualquer sensibilidade pelo sofrimento de tantos e tantos portugueses para se afirmar que PS é igual a PSD.
Continuo a não perceber porque é que o BE votou contra o orçamento e, assim, derrubou o governo. Tanto mais que se é verdade que foi o primeiro-ministro quem não quis governar naquelas condições, mais uma razão para o contrariar e ter aprovado (por abstenção) o referido orçamento.
Não participei em nenhuma actividade ou acção do meu partido. Não gosto do que ouço, do que leio e da atitude dos dirigentes do BE, cujas ideias e mensagens, transmitidas ao longo destes dias, têm sido contraditórias, difusas e confusas para o comum dos mortais... não gosto da atitude de agressão aos demais partidos da esquerda e centro esquerda, em detrimento do ataque os partidos da direita, esses sim, verdadeiros adversários políticos.
O meu voto está mais do que garantido e não tenho dúvidas, mas continuo a considerar que à esquerda do PS vive-se uma tremenda esquizofrenia. Sei o que quero: quero uma maioria de esquerda no parlamento que aí vem, com representação de todos os partidos que se candidatam e sei o que não quero: não quero um governo de direita. A realidade é que não tenho a certeza que o PS vença e forme governo e isso deixa-me triste e muito preocupado com os dias que hão-de vir. Ainda assim, espero estar enganado.
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