Estamos em meados de Outubro e mais parece que estamos em Junho ou Julho. Estou em casa e o termómetro marca 28 graus, saio para a rua e não se consegue estar ao Sol, vejo toda a gente desnudada e, ainda assim, abafada e transpirada com o calor que se faz sentir. E estamos em meados de Outubro. Outubro, o tal mês de Outono, dos tons quentes, das ventanias e dos primeiros calafrios invernais.
Espreitamos as notícias que nos chegam de todas as latitudes e longitudes, mais do mesmo, quer dizer, desequilíbrios climáticos extremos, manifestados por fenómenos anormais, tais como dilúvios de água ou infernos de fogo.
Mas não importa. Ninguém ou quase ninguém quer saber, tudo está bem e o que importa é manter a máquina do trabalho, do investimento, do lucro, do desenvolvimento e do progresso em marcha. Continua a não se olhar a meios para se atingir os fins. Fins esses que teimosa e estupidamente os poderes acreditam ser infinitos e até eternos. Engano ou mentira. Na verdade, esses poderosos sabem o precipício para o qual nos empurraram, mas o seu egoísmo é tal que não querem saber que mundo lhes vai sobreviver, ou se vai sequer haver mundo depois deles. Haja o que houver, o saque e a exploração dos recursos naturais e humanos têm que permanecer até ao esgotamento total.
Impressiona-me este caminhar consciente da humanidade para o cadafalso. São poucos e "loucos" os que lutam contra esses moinhos de vento. Triste fim nos espera.
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