Digamos que motivado pela leitura e audição do mais recente post do Homem Moderno no seu blog, faço um exercício que muitos (e eu incluo-me nesse grupo) consideram injusto e pouco autêntico: o eleger o som que mais me agrada. Muitos foram já aqueles que conseguiram seleccionar a sua elite musical e fizeram questão de que o (resto do seu) mundo o soubesse. Embora já tenha pensado muitas vezes nisso, nunca como hoje, reflecti sobre quem são, de facto, aqueles(as) que comparticipam para a minha existência.
Eis a questão: Que som eu ouço?...
Pode ser que, comparado com alguns (muitos), eu seja um ignorante ou um desconhecedor do muito que se vai fazendo por esse mundo fora. Contudo, e mesmo tendo acesso a muita, variada e boa produção, que me chega através de meus irmãos, não consigo eleger mais do que um punhado de exemplares, que na minha escala de qualidade estão no top... e desconfio que por lá ficarão.
Antes de mais, a referência obrigatória, por respeito à minha história e ao meu crescimento, aos DOORS, esse mito da eterna juventude e que, ainda hoje, apesar de conjunturalmente ignorado pelas novas gerações, continua a ser sinónimo da excelência poética e musical.
São quatro, aqueles que, na verdade, estão lá, no meu cimo musical:
- Leonard Cohen, pelo veludo, pela luxúria dos ambientes criados e pela tez das suas palavras - que pena tenho eu saber que tudo isto findará...
- Beck, pela loucura e irreverência sonora;
- Nick Cave, pela complexa e arrogante maturidade - lá estaremos, na cidade também minha e no Abril;
- Tindersticks, pela harmonia, pela simbiose e pela simplicidade - sentidamente, a companhia perfeita para os fios de horas sós... noite ou dia, ténua ou ruidosamente;
Sei a extrema subjectividade e relatividade destes juízos de valor, mas o meu veredicto, idóneo e honesto, assim é.
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