24 novembro 2009

a propósito de paixão

O apaixonado prefere o presente imediato, sem olhar ao futuro, ou recorda o passado com satisfação, na esperança de o tornar presente. Ambiciona um presente contínuo que torne perpétua a sua satisfação. E pelos vistos desde sempre assim terá sido: Rezam os anais da história que:
Para os hedonistas toda a paixão é boa. Os românticos comprazem-se em exaltar o seu valor emocional e energético e em glorificar todos os instintos. Para os estóicos a paixão é uma doença da alma e uma monstruosidade oposta à razão. Os epicuristas vêem nela o contrário à serenidade. Kant considera-a uma rebelião das tendências contra a autoridade soberana da razão. Para S. Tomás, considerada em si mesmo, a paixão não é boa nem é má.
Como remédios curativos ou paliativos para as paixões são apontados: remédios preventivos - viagens, estudo, divertimentos, novas actividades; remédios repressivos - imaginação, vontade, temperamento, ambientes, sublimação; depois disto, e caso não resulte: flagelação física e psíquica - chicotes, dildos, lubrificantes, bonecas, ceras derretidas, grampos, enfim, a parafernália possível...

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