Hoje quando iniciar a VIII Convenção do Bloco de Esquerda, o Francisco deixará de ser o Coordenador do partido e abandona todos os cargos políticos que até hoje desempenhou. Bem sei, ele já o disse e repetiu, que não vai abandonar o partido nem a luta por uma solução alternativa de esquerda, mas é indiscutivelmente uma perda de monta para o BE. Conheci o Francisco algures em 2004 e à medida que me fui envolvendo no movimento e participando nos diversos fóruns, tive a oportunidade de o ir conhecendo e reconhecendo as suas qualidades enquanto lider, enquanto membro de uma equipa e enquanto comunicador. Foram vários os momentos em que privámos e conversámos acerca de diversos assuntos. O Francisco é um excelente ouvinte. É indesmentível o poder da sua imagem e personalidade junto da sociedade e eu pude testemunhar, por todo o país, o carisma e a empatia que provoca nas pessoas. Não acredito no culto da personalidade, nem que haja pessoas insubstituíveis, mas substituir o Francisco vai ser um desafio para todos os activistas do BE e também para mim. Confesso que tenho dúvidas em relação ao momento escolhido para haver esta mudança e confidencio que preferia que ele se mantivesse no cargo.
(10 de Novembro, a caminho de Lisboa)
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