20 outubro 2015

lido: o meteorologista

No momento em que começo e, depois, acabo de ler o livro o Meteorologista, não posso deixar de trazer aqui uma ou duas impressões que a leitura rápida deste livro me causou. Já em meados de Julho tinha feito aqui referência ao livro e à vontade que tinha de o ler. Aconteceu agora.
Olivier Rolin serve-se de um caso concreto, o de Alexei Feodossevitch Vangengheim, para testemunhar o terror experimentado pela sociedade russa durante as primeiras décadas do século XX, época da Russia vermelha, dominada e governada através da banalidade do mal por Estaline. A particularidade deste livro é que o autor procura percorrer os últimos anos de vida de Alexei, vítima da máquina destruidora dos Gulag's soviéticos e através dessa experiência retrata o paradigma de terror e de barbárie experimentado, principalmente durante a década de 30. Impressiona como milhares e milhares de cidadão russos aceitaram e acreditaram nessa ideologia comunista, que não fazia mais do que eliminar tudo e todos. Em todo o lado, em cada rosto, procurava uma justificação para a sua eliminação. De alguma forma, a crueldade e a nudez desta narrativa, muito bem escrita, desconstrói o ideário do totalitarismo comunista que iludiu, principalmente durante a primeira metade do século XX, milhares e milhares de indivíduos por todo o mundo.

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