11 janeiro 2018

frenesim

Diz-me quem sabe, porque o tem sentido no seu serviço, que a função pública - administração central e administração local - anda num frenesim louco por causa do descongelamento das carreiras da função pública, inscrito no orçamento de estado de 2018, e com entrada em vigor no passado dia 1 de Janeiro. São manifestas as incapacidades dos muitos e diversos serviços em conseguirem actualizar todas as situações, num tão curto espaço de tempo, mas a está a ser feito e tem efeitos retroactivos desde o dia 1 de Janeiro.
Não deixa de ser um facto interessante e digno de atenção, pois não só reflectirá o sentimento desses muitos cidadãos, como releva a importância social desse instrumento que são as progressões nas carreiras. Congeladas há muitos anos - há pessoas com a carreira congelada desde 2007/2008 - as carreiras eram um dos atractivos para quem ingressava na função pública e, como será fácil entender, toda a gente gostava e queria progredir na sua carreira profissional, pois não só lhe permitia ter um incremento no salário, como acumular melhores condições para uma reforma futura. Depois destes anos todos em que tudo esteve estagnado, de muita resignação e desânimo, compreensível é a ansiedade e a excitação dos funcionários públicos para saberem da sua situação: se têm ou não direito a uma actualização, leia-se progressão, na carreira.
A política de reposição, prometida por este governo, está a concretizar-se e este descongelamento é um momento importante. Portanto, senhores e senhoras, não se esqueçam de nas próximas eleições votarem no CDS!

1 comentário:

Anónimo disse...

A péssima qualidade de trabalho e de serviço do funcionalismo público português é sentido diariamente na pele, por vezes só de segunda a quinta-feira, de milhões de portugueses e agora de alguns estrangeiros. E talvez uma das razões do atraso civilizacional português.

Mas estes e os outros anteriores aumentos de salário/progressões de carreira da função pública portuguesa é o maior saque aos impostos, podemos comparar a um roubo descarado aos trabalhadores para tão fraca prestação de serviço público. Comparado com o dinheiro perdido do BES é um menino comparado com este saque. Pouca vergonha.