A Fundação Francisco Manuel dos Santos lançou mais três reportagens da série retratos da fundação. Com eles a colecção chega às trinta unidades. Destes três últimos volumes, quero destacar o trabalho de João Villalobos acerca do poder da energia, quando aplicada sob a designação de terapia alternativa e através das mais variadas promessas de sucesso, de fortuna, de amor e, principalmente, de saúde. Mal o comprei li-o de uma só vez e num ápice, pois veio mesmo a calhar com o início de mais um semestre de Epistemologia. Vou levá-lo para a sala de aulas.
Curioso como nos últimos tempos - e falo de meses ou até anos - assistimos a uma necessidade de salvaguardar a ciência, naquilo que são a sua prática e o seu discurso, do assédio, do engano e da pseudo-ciência que, hegemónica, invadiu o espaço social e mediático. Há muitas décadas que vivemos rodeados, no quotidiano das nossas vidas, de ciência, vertida em tecnologia, gadgets, medicamentos e utilitários, mas nesses últimos tempos, passámos a viver atolados em discursos - marketing e publicidade, e em práticas - diversidade de terapias/métodos/ferramentas, tais como o Reiki e outras que tais...
Mas voltemos a João Villalobos que nos apresenta este seu pequeno texto assim:
As terapias alternativas têm milhões de seguidores, mas de onde veio esta onda avassaladora da energia que promete curar sem tocar? Saber quem são os defensores, os críticos e que argumentos têm é talvez a melhor forma de começar a responder à pergunta. Da Bíblia ao anúncio do cabeleireiro holístico, passando pelo Reiki, e sem deixar de fora o cardápio de anjos e guias espirituais, este é o retrato do fenómeno de que muitos falam mas sobre o qual ainda há muito para contar.
1 comentário:
Com as minhas desculpas pelo atraso venho agradecer a menção ao livro no post e espero que tenha sido deveras útil para o debate na aula. Um abraço e parabéns pelo blogue.
Enviar um comentário