03 outubro 2019

Diogo Freitas do Amaral


Morreu hoje, aos 78 anos, o fundador do CDS e um dos rostos mais marcantes dos primeiros anos da vida política depois do 25 de Abril de 1974. Independentemente de concordar ou (maioritariamente) não concordar com o seu pensamento, com as suas ideias e ideais, Freitas do Amaral sempre me mereceu o maior respeito e simpatia. Era um homem sério, sóbrio e correcto, transmitia confiança e serenidade, manifestando sempre a sua opinião sem necessitar das habituais parangonas e amplificadores da política corrente.
Recordo agora ter sido na campanha de 1986, se não estou em erro, na segunda volta dessas presidenciais contra Mário Soares, a minha primeira experiência em comícios. Foi na Praceta 25 de Abril, bem no centro de Vila Nova de Gaia e numa tarde soalheira. Na altura teria eu 11 ou 12 anos e claro que não tinha qualquer consciência política, nem sequer sabia o que era a esquerda e a direita. Fui levado por uns vizinhos mais velhos que não sei se já votariam, mas com certeza eram seus apoiantes. Recordo ter regressado a casa perto da hora de jantar e da reacção sorridente do meu pai, ao ouvir o relato da minha primeira aventura política.

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