Este é o título da notícia no Jornal de Notícias online que eu não pude ler porque o "nónio" não me deixa. E como eu me recuso a aderir a essa coisa, fico impossibilitado de conhecer a notícia em pormenor. Em todo o caso, esse facto não me impede de reflectir sobre o noticiado.
Num primeiro momento seremos tentados a estranhar tal situação, como é que são os cidadãos que menor capacidade financeira têm, quem contratualiza mais seguros de saúde privados? Pois bem, parte da resposta estará na insuficiência declarada e atestada do Serviço Nacional de Saúde e as pessoas, fartas desse sistema e da sua incapacidade crónica, fazem o esforço financeiro para garantirem algum conforto e segurança na sua saúde. De imediato surge nova questão: Então e os cidadãos das chamadas classes altas, como garantem a sua saúde? Pagam do seu bolso a totalidade da factura, ou têm acesso privilegiado (vá-se lá saber por que meios) aos cuidados do Serviço Nacional de Saúde?
Eu, que nesta topologia imposta de hierarquização social, só a custo me consigo auto-considerar de uma classe média (daquela baixa, baixinha), possuo seguro de saúde privado há muitos anos e só quando, por ter dado aulas na escola pública tive acesso à ADSE, interrompi esse seguro. Portanto, se por um lado, o meu caso confirma a notícia, por outro lado, fico preocupado pela falência do serviço público e fico muito curioso para saber como fazem esses, os tais privilegiados deste país...
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