Depois de mais de dois anos sem nos darmos a qualquer manifestação social de afecto, de termos quase extinguido os cumprimentos que implicam o contacto físico, regressamos agora, tímidos e desajeitados, a esses rituais. As mãos vão-se abrindo e esticando para envolver outras mãos, os corpos vão-se envolvendo em abraços e, assim, regressamos àquilo que sempre gostámos e soubemos fazer. Ontem, ao despedir-me de um velho amigo, quando lhe estiquei a mão fechada, ele veio para mim de mão aberta, mas logo me puxou para ele e disse: - dá cá um abracinho. Eu dei e soube-me muito bem.
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