Nos últimos dias tive a oportunidade de conhecer o lugar que os antigos (antes da viagem de Colombo, em 1492) consideravam o fim do mundo. Pensavam eles ser o lugar mais a oeste do mundo até então conhecido. Falo do Cabo de Finisterra, ou em galego, Fisterra.
Para além de todo o misticismo anímico deste lugar, da fé e da perseverança dos peregrinos caminhantes que consideram que só aqui termina a sua peregrinação a Santiago de Compostela, Fisterra é um pequeno e sossegado lugar, plantado à beira mar, protegido a Norte por um monte e com uma bonita enseada. Tem um pequeno porto piscatório e vive essencialmente do cluster do turismo religioso. Tem uma praça junto ao porto com um anfiteatro de restaurantes e esplanadas que servem as dezenas, centenas ou milhares de turistas/peregrinos/caminheiros que por aí passam todos, ou quase todos os dias.
Gostei de lá estar, do sossego e do ritmo mais lento e tranquilo que pude perceber na vida dos locais. Gostava de viver e pertencer a uma comunidade assim. Vou regressar com mais tempo.