Quando entrámos em regime de pandemia foram implementadas medidas coercivas e estruturais em cada sociedade, em cada país, que nos obrigaram a alterar rotinas e procedimentos. Também se verificou uma mudança de atitude, voluntária, por parte de muitos cidadãos naquilo que eram e são os pequenos nadas da vida quotidiana, como por exemplo, evitar maçanetas de portas e janelas, não colocar mãos nos corrimãos de escadas, proteger os dedos ao utilizar multibancos e outros gadgets públicos, entre outros. Pois bem, terminado o estado global de pandemia, rapidamente, a maioria das pessoas se esqueceu dela e retomou velhos hábitos, rotinas e procedimentos. Se há algo de bom que esse estado de excepção social me trouxe, para além da própria sobrevivência, foi um conjunto de pequenos gestos que mantive e, agora, já dificilmente os largarei. Falo do lenço de papel para teclar nos ATM's, não colocar as mãos em maçanetas, nem em corrimãos de escadas públicas (isto já não o fazia antes), proteger os dedos para carregar em teclados, ter sempre por perto um frasquinho de álcool gel para desinfectar as mãos quando há algum tipo de contacto com objectos ou pessoas. Olhando à minha volta, reconheço, talvez possa ser um pouco doentio, mas sinto-me mais confortável e, assim, neste pós-covid manterei tais gestos.
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