O vazio transporta, quase sempre por inerência, tempo e espaço para a reflexão, para a introspecção. Nessa luta tenho andado nos últimos dias, poderia até dizer meses, mas fiquemos pelos dias... Um indivíduo não pode escapar à sua sorte paradoxal: ele é uma pequeníssima partícula de vida, um instante efémero e, ao mesmo tempo, revela em si a plenitude da realidade viva. Contém nele o todo da humanidade, sem deixar de ser a unidade elementar dessa mesma humanidade – já Montaigne disse: “cada um dos homens carrega a forma inteira da condição humana”. Essa forma inteira implica, desde logo, a definição do indivíduo enquanto sujeito biológico e será nesse âmbito que perceberemos a lógica de auto-afirmação do ser humano por ocupação do centro do seu mundo. Para conhecer e para agir cada ser humano ocupa o seu lugar egocêntrico. Este lugar que cada um de nós ocupa, pressupõe dois princípios: O princípio da exclusão, pois nenhum outro a não ser eu pode ocupá-lo e nenhum outro indivíduo pode dizer eu no meu lugar, para além do facto do EU não ser partilhável. Somos então e enfim todos uns grandes egoístas; e o princípio da inclusão (coisa bonita), que nos permite incluirmo-nos num NÓS e, depois, incluir esse NÓS no nosso centro do mundo. E então seremos todos parcialmente altruístas.
Por onde ando eu!?
Por onde ando eu!?
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