Fará por estes dias seis meses que o delfim da casa nasceu. Parece que ainda foi ontem, mas ao mesmo tempo, senti e muito o tempo a passar. Há seis meses que experimento uma espécie de couvade – prática quase universal entre os povos antigos e que, ainda no início do século XX foi identificada e muito noticiada no País Basco e no Brasil. Tratava-se de um costume em que o marido da mulher prestes a dar à luz recolhia ao leito e simulava o trabalho de parto. Por vezes, no próprio dia do parto, a parturiente regressava às suas lides habituais, enquanto o marido permanecia na cama. O termo couvade aplicava-se também quando ambos os progenitores se mantinham em confinamento depois de nascido o filho. No aspecto social, a prática teria por objectivo realçar o papel masculino na reprodução, conquanto também se avente a hipótese de, ao partilhar assim as dores do parto, o marido aliviaria parcialmente o sofrimento da mulher. Como poderão adivinhar não foi necessário simular ou partilhar qualquer dor, embora me agrade o realce do papel masculino no processo. Atroz tem sido o confinamento. Espero terminá-lo em breve. Preciso de…
Sem comentários:
Enviar um comentário