Senti acrescida dificuldade para escolher o título daquilo que agora escrevo e só depois de abundante hesitação o fiz. Para dizer a verdade não sei muito bem como exprimir aquilo que pretendo transmitir. Não sei se será das cambalhotas, pinos e piruetas climatéricas, se será da crise económica e social, se será da depressão colectiva para onde nos empurraram, ou se de um receio mais profundo (consciente ou inconsciente) de que não haverá futuro, mas sinto-me rodeado de iniciativas recordatórias e celebrações ao passado. Não percebo muito bem a simultaneidade das várias iniciativas... serão apenas coincidências ou haverá algo maior e inatingível a alavancar tais movimentos!? Sei que não me sinto atraído por grande parte dessas iniciativas (para além dos revivalismos, fazem-me sempre lembrar os encontros e confraternizações dos combatentes do ultramar...), pois esses pretéritos, alguns dos quais também são meus, lá estão, ninguém os reclamará. Para o presente pude/consegui trazer alguns pedaços desses passados, que se materializam e celebram na convivência com alguns daqueles e algumas daquelas que estiveram lá. Assim é e é suficiente. Consciente nostálgico também sou (chegaram até a chamar-me "romântico") e assim sendo, permito-me, de quando em vez, procurar e reviver partes desses tempos idos. Assim será, com grande espectativa e alguma ansiedade, nos próximos dias.
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