09 outubro 2011

madeira

Hoje é o dia em que os madeirenses estão a escolher um novo governo regional e isto num ambiente social, político e económico muito tenso. O meu sentimento é de total indiferença perante os resultados mais do que previsíveis e que dentro de alguns minutos serão conhecidos. Nada mudará no dia de amanhã, mas também sei que nada será como até hoje. Aquilo que aconteceu com as contas e com a omissão na prestação das mesmas é de uma gravidade que não imagino possivel num país que se possa assim denominar e caracterizar.
Visitei a ilha da Madeira uma única vez, em 2005 ou 2006 e como turista, e de facto, a ilha tem paisagens e lugares lindíssimos, mas ao mesmo tempo, apresenta-se completamente descaracterizada pela intensa construção e pelas impensáveis obras de arte viárias. Mais recentemente, quando a ilha foi fustigada pelo temporal de Fevereiro de 2010, criou-se e bem um sentimento de solidariedade nacional para a recuperação e reconstrução da ilha. Agora, com o caso da omissão da dívida pública da região, veio-se a saber as verdadeiras intensões dos seus governantes: má-fé e desrespeito para com a república portuguesa.
Num país a sério, respeitado e respeitável, isto não seria tolerado. Jamais um governante com uma conduta destas, de ocultação e de engano, seria reeleito para o mesmo cargo.
A Madeira é uma caricatura de si própria e contamina por demais a imagem de todo o Portugal. A chantagem e a ameaça do seu lider com a promoção de independência só deveria merecer uma resposta de Lisboa. Dar-lhes a independência. Se a mim me perguntassem, seria de graça. Então depois seria possivel ir visitar esse país exótico e, com direito, nomeá-lo de república das bananas.

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