16 fevereiro 2014

JRC


Poderia dizer que continuo a descobrir o autor, mas já o conheço e reconheço a sua escrita. A cada livro que dele leio fica sempre a sensação que a narrativa é curta e que depressa demais se chega ao seu fim. Uma vez mais José Rentes de Carvalho (JRC) leva-nos a percorrer os caminhos da sua memória, desta feita não pelas arribas do douro e pelas invernias transmontanas, mas pelas duas margens do rio Minho. Sempre num ambiente rural e de extrema pobreza, JRC apresenta-nos um portugal de meados e segunda metade do século XX, miserável e esfomeado, sempre afoito pela transgressão e pela aventura que a actividade do contrabando proporcionava. Elemento, aliás, recorrente na obra deste escritor. Foi leitura nesta tarde soalheira. Venha o próximo.

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