Interrompo aquilo que estava a fazer, para, estupefacto, assistir ao ataque terrorista desta manhã em Paris. Por muito que nos digam que estes episódios irão aumentar e de que estamos em estado de guerra permanente, pelo menos, desde o 11 de Setembro de 2001, a cada novo episódio não consigo deixar de ficar perturbado pela sua concretização, e acima de tudo, horrorizado pelas motivações de tais actos. São na sua aparência questões de crença e de vingança religiosa, mas os seus fundamentos são civilizacionais. Muitos estudiosos e pensadores têm alertado para o sentimento de ódio crescente que o Islão tem incrementado nas suas escolas e nas suas mesquitas para com o Ocidente e o seu modo de vida. Por muito que nos custe aceitar, esse Islão não hesitaria em nos extinguir da face da terra e foram e são as marcas que nos distinguem, enquanto sociedade, desse Islão, que acabaram por permitir situações como a de hoje. E França é um bom paradigma desse confronto latente entre civilizações, bem no coração da Europa. Quero e defendo uma sociedade tolerante, integradora e multi-cultural, e pratico um relativismo cultural na minha visão do mundo, mas cada vez me custa mais aceitar a actual diferença civilizacional entre o Ocidente e os estados Islâmicos. Por outro lado, estou consciente da enorme dificuldade que uma sociedade e um estado livres e democráticos terão para conseguir evitar tragédias deste género, mas a resposta é e será sempre, ser indefectível na liberdade, na democracia e na valorização do ser humano, nas nossas escolas, nas nossas instituições, na nossa comunicação social, enfim, nas nossas sociedades. É isso que nos diferencia e distancia da ignomínia e da barbárie.
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