Já aqui tenho trazido o elogio à escrita de José Rentes de Carvalho. Apesar de ser uma descoberta relativamente recente, talvez com 10 anos, para a sua avançada idade, considero-o um dos melhores escritores da actualidade portuguesa. Com as devidas e relativas distâncias, Rentes de Carvalho será o Eça da modernidade. Conheço a totalidade da sua obra editada em Portugal e acompanho diariamente, sem excepção, o seu "tempo contado", lugar onde vai depositando e partilhando pedaços da sua escrita, dos seus humores e das suas amarguras. Gosto da sua escrita clara e concisa, da sua capacidade para descrever pessoas, lugares e recantos que, apesar de não conhecer, reconheço na imensa paisagem transmontana, dos seus diálogos que me recordam as conversas que ouvia pela aldeia, a figuras recortadas pelo tempo antigo. Tudo isto a propósito de um pequeno texto - "o rio somos nós" - que colocou no seu blogue (ver aqui) e onde remete para um texto que escreveu em tempos e ao qual, diz, retorna amiúde e do qual se orgulha ter escrito. Essa foi uma boa razão, diz ele, para o partilhar com todos nós. Eu li-o e, tal como quase sempre, é muito bom.
Sem comentários:
Enviar um comentário