Não foi preciso chegar ao 37º Congresso do PPD/PSD para termos percebido a forte resistência e o enorme mal-estar no seio das suas elites da metrópole, por Rui Rio ter vencido as eleições directas e vir a ser o novo presidente do partido. Agora que o Congresso da sua tomada de posse aconteceu, o país inteiro percebeu aquilo que está a acontecer no PSD, percebeu a má vontade, o boicote e as ameaças que o novo líder já enfrenta. Ainda não teve tempo para apresentar uma só ideia e já é questionado, coagido e intimidado pelos seus pares com o cadafalso de 2019, e tudo isto com o beneplácito das televisões, rádios e jornais, quais megafones dessa contestação.
Não que me diga respeito, nem que admire particularmente Rui Rio. Conheci-o bem enquanto presidente da Invicta e detestei o seu desempenho. O Porto, ao contrário do que consta pelo país, não beneficiou com os seus mandatos na presidência da autarquia. Aquilo que me admira é a má vontade declarada de grande parte dos ilustres deste partido - deputados, senadores, opinadores e afins - para com o seu novo presidente. Espero estar enganado, mas ser do Porto vai aniquilar-lhe qualquer possibilidade de sucesso. Cá estaremos para o verificar, ou não.
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