É mesmo à descarada e sem perder a face que Pedro Ferraz da Costa, Presidente do Fórum para a Competitividade, numa entrevista ao jornal i, afirma que face ao crescimento do PIB de 2,7% em 2017, a economia teve uma "performance fraquinha" e que se quiséssemos poderíamos crescer acima de 4%. Mais, a propósito da competitividade das empresas nacionais, teve o descaramento de dizer que as empresas não conseguem contratar porque as pessoas não querem trabalhar. Isto, assim e sem mais. Faltou-lhe dizer que as pessoas não querem trabalhar sem receber a respectiva e merecida remuneração e que os seus pares, seres privilegiados e imunes a qualquer crise, procuram trabalho escravo e sem qualquer direito ou garantia. Assim, ainda bem que não conseguem trabalhadores. Ele deveria era sugerir ao seu clã oferecerem um salário digno às pessoas, com garantias e sem precariedades. Talvez aí houvesse quem quisesse trabalhar. Talvez aí as "pessoas" seriam mais produtivas e todos beneficiariam.
Nota pessoal: não fui mal educado com o senhor, apesar da grande vontade. Ainda assim, quando soube deste dislate, muitos nomes feios lhe chamei. Porque o despudor desta gente, que se julga merecedora de todas as benesses e privilégios, tem que ser combatido com tenacidade e vigor.
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