Desde que me lembro, quer dizer, desde que sou gente e tenho memória, a passagem de ano foi sempre em comemoração familiar ou de amizade. Nos últimos vinte anos, pelo menos, esta noite foi quase sempre passada em Bragança e em família, e será preciso recuar até ao século XX para assinalar noites de réveillon em fulia ou festa. Em todo o caso, convém declarar que sempre preferi ambientes mais recatados, mais intimistas e mais aconchegados, para me despedir do ano velho e receber o novo. Desta vez, hoje, e por imposição (que não só aceito, como subscrevo) tudo será diferente: não haverá convívio com amigos ou família alargada, não haverá grandes cozinhados, nem doçarias; seremos só três, das quatro pessoas do agregado e o menu dita que a festa será simples, mas apetitosa e bem bebida. Venha 2021 que 2020 não deixará saudades.
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