18 setembro 2025

presentes envenenados

Depois de largos meses ausente, numa manhã desta semana, regressei ao espaço Fórum de uma Fnac, onde há muito gostava de estar e ficar. Para esta manhã levava duas ou três tarefas na mente, sendo que terminar a leitura de um livro de crónicas sobre agricultura era a principal, pois o convite para participar no meu podcast já seguiu para o autor.
Estava eu entretido nessa leitura quando, não muito depois, se sentam três senhoras na mesa ao lado. Eu diria que todas septuagenárias, de boa e cuidada aparência e, pela conversa, adivinho que seriam professoras. Falaram muito e sobre muitas coisas diferentes, mas a minha atenção despertou quando o tema foi a oferta de vouchers de estadias, jantares e actividades várias, concordando as três que esses são péssimos presentes e que, dando exemplos, todas as situações que tiveram correram muito mal. Aí, o meu pensamento e reflexão acompanhou a conversa delas...
A mim, a nós, também já nos ofereceram desses presentes, mas até ao presente não usufruímos de qualquer um deles, nem de qualquer uma dessas experiências. Estarão algures, no fundo de uma gaveta, a perder validade... Aliás, tentei uma ou outra vez fazer reservas em hotéis, servindo-me desses vouchers e nunca consegui. Sei também, por experiência de amigos e familiares, que o tratamento a esses clientes, seja em hotéis ou restaurantes, é sempre negligenciado e, se possível, evitado. Portanto, esses produtos muito bem produzidos e embalados em escaparates, apetecíveis aos sentidos, são sempre presentes envenenados e, por isso, há muito deixei de sequer ponderar ofertá-los.

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