Um bom número da revista Ler, que me ocupou um bom par de horas de leitura em final de noite. Logo a abrir, no editorial de Francisco José Viegas, fiquei a saber que a revista "Os Meus Livros" acabou, o que não deixa de ser uma triste notícia. Depois, destaco o excelente artigo de Pedro Mexia acerca de Pedro Passos Coelho e o seu livro "Mudar", no qual Pedro Mexia desconstrói a figura e o discurso do agora presidente do PSD... "De facto, o jovem político de 46 anos faz um longo relatório sobre a pátria, do feudalismo à EFTA, mas com que propósito? «Não é a erudição que me interessa neste texto», avisa, como dizendo que a tem mas não nos quer maçar. Em vez de uma mescla de Mattoso com José Gil, temos por isso um artigo de Wikipedia sobre Portugal. Não aquenta nem arrefenta. Talvez seja isso o 'passismo'. Passa-se bem sem ele."
Outro bom texto é o da responsabilidade de Paulo Ferreira (Booktailoring) acerca da polémica destruição de livros não comerciáveis que a LeYa promoveu, relembrando que essa destruição de livros é uma prática recorrente nas editoras que não podem armazenar eternamente todos os títulos que editam, tanto mais que hoje os livros têm aquilo que se chama "prazo de validade de iogurte".
Depois, o desabafo de José Mario Silva acerca da dificuldade que sente, enquanto moderador de mesas-redondas ou apresentações de livros, sempre que chega o momento do público intervir, pois a heterogeneidade de "perguntadores" assusta-o, principalmente, "aqueles que se apropriam do microfone sem intenções de o largar, pelo menos até começar o "Fórum TSF" onde devem ter lugar cativo, seja qual for o assunto em discussão."
Ainda o excelente texto de Filipe Nunes Vicente que partindo das visões de Pascal e de Freud acerca da relação do Homem com o divertimento, nos leva de diversão em diversão até à miséria... "as grandes diversões, paulatinamente, assumem o papel anteriormente exercido pelos narcóticos: tornam-nos indiferentes às limitações da vida".
Rogério Casanova traz-nos um Manual de Escrita Criativa que começa com a questão: "Poderá qualquer pessoa escrever criativamente?". Divertidamente diz: "Felizmente para vocês, com o aconselhamento adequado e com alguma disciplina, é possivel transformar a mediocridade em competência".
Por fim, a entrevista de Carlos Vaz Marques a Manuel Alegre, de quem gosto, também, por ser um lírico.
Outro bom texto é o da responsabilidade de Paulo Ferreira (Booktailoring) acerca da polémica destruição de livros não comerciáveis que a LeYa promoveu, relembrando que essa destruição de livros é uma prática recorrente nas editoras que não podem armazenar eternamente todos os títulos que editam, tanto mais que hoje os livros têm aquilo que se chama "prazo de validade de iogurte".
Depois, o desabafo de José Mario Silva acerca da dificuldade que sente, enquanto moderador de mesas-redondas ou apresentações de livros, sempre que chega o momento do público intervir, pois a heterogeneidade de "perguntadores" assusta-o, principalmente, "aqueles que se apropriam do microfone sem intenções de o largar, pelo menos até começar o "Fórum TSF" onde devem ter lugar cativo, seja qual for o assunto em discussão."
Ainda o excelente texto de Filipe Nunes Vicente que partindo das visões de Pascal e de Freud acerca da relação do Homem com o divertimento, nos leva de diversão em diversão até à miséria... "as grandes diversões, paulatinamente, assumem o papel anteriormente exercido pelos narcóticos: tornam-nos indiferentes às limitações da vida".
Rogério Casanova traz-nos um Manual de Escrita Criativa que começa com a questão: "Poderá qualquer pessoa escrever criativamente?". Divertidamente diz: "Felizmente para vocês, com o aconselhamento adequado e com alguma disciplina, é possivel transformar a mediocridade em competência".
Por fim, a entrevista de Carlos Vaz Marques a Manuel Alegre, de quem gosto, também, por ser um lírico.
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