Olhando à minha volta, por este dias, tenho-me apercebido de algo diferente no comportamento das pessoas. Tenho a sensação estranha de que algo maior, poderoso ou forte está a trabalhar arduamente num novo conceito de Páscoa. Não me lembro de haver - ver, ouvir e sentir, determinados referentes a esta época, para alguns, festiva em anos passados. Não será um fenómeno iniciado este ano, nem tão pouco original, mas nota-se que tem havido investimento sério no sentido pedagógico, ou mesmo ideológico visando mercantilizar a celebração desta festa primordial e exclusivamente religiosa. Temo que estaremos a viver a génese de um qualquer fenómeno que nos levará a uma "natalização" ou a uma "painatalização" da Páscoa, onde o consumo, a dádiva e o aparato da parafernália das marcas, dos sacos e dos laçarotes, nos serão impostos, sem que haja um minimo de reflexividade individual ou colectiva. É que onde quer que tenha ido nestes últimos dias, tenho sido presenteado com os votos de uma "boa" e/ou "santa" Páscoa... as páginas das redes sociais têm sido invadidas com votos e desejos do mesmo quilate... os telemóveis já vibram e tocam com motivos/temas alusivos e carinhosas mensagem que nos obrigam à respectiva retribuição... as crianças recebem aparatosos embrulhos com sortidas guloseimas e, para cúmulo, já se vêem por aí alguns petizes questionando, quando não obrigando, seus progenitores pelos presentes da Páscoa...
Poderíamos até estar perante um qualquer processo evolutivo de patrimonialização ou até mesmo de destradicionalização da ritualização da Páscoa. Mas não. O último e único propósito destas novas narrativas construidas por essas forças obscuras é, será o seu próprio e monstruoso lucro. Estou consciente disso e, por isso, em nada pretendo contribuir para essa "paróquia" esquizofrénica. Guardo recordações bonitas destes dias passados, em reunião familiar e afins que, mesmo sabendo não os poder voltar a experimentar, relembro quando me deparo com o actual aparato adocicado. Atenção aos próximos desenvolvimentos.
Poderíamos até estar perante um qualquer processo evolutivo de patrimonialização ou até mesmo de destradicionalização da ritualização da Páscoa. Mas não. O último e único propósito destas novas narrativas construidas por essas forças obscuras é, será o seu próprio e monstruoso lucro. Estou consciente disso e, por isso, em nada pretendo contribuir para essa "paróquia" esquizofrénica. Guardo recordações bonitas destes dias passados, em reunião familiar e afins que, mesmo sabendo não os poder voltar a experimentar, relembro quando me deparo com o actual aparato adocicado. Atenção aos próximos desenvolvimentos.
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